Trio foi alvo de operação policial nesta semana em Mato Grosso
Este conteúdo foi originalmente publicado em Membros do CV e policial almoçaram em churrascaria após fuga de presídio no site CNN Brasil. Mato Grosso, -agencia-cnn-, Comando Vermelho, Polícia, Sistema Prisional CNN Brasil
Dois membros do Comando Vermelho fugiram do Centro de Reabilitação Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande (MT), e se encontraram com um policial penal em uma churrascaria em Cuiabá antes de escapar de vez.
Gilmar Reis da Silva, conhecido como Vovozona, e Thiago Augusto Falcão de Oliveira tiveram a ajuda do agente Léo Márcio da Silva Santos para fugir em 2023. O trio foi alvo da Operação Shadow, deflagrada pela Polícia Civil na segunda-feira (14), e duas mulheres que estavam no almoço deram apoio ao esquema de fuga dos presos.
Segundo a investigação, o plano de fuga, em 14 de julho de 2023, teve auxílio de dois policiais penais que trabalhavam na penitenciária e de pessoas de fora da unidade prisional. O planejamento teve também assinaturas para saídas ilegais, trocas de veículo, demora intencional e omissão de informações na comunicação da fuga às autoridades.
A operação deflagrada nesta segunda cumpriu 35 ordens judiciais contra o Comando Vermelho pela fuga do líder Gilmar e de Thiago. Os dois policiais penais são investigados pelos crimes de facilitação de fuga de pessoa legalmente presa e integração de organização criminosa.
Dinâmica da fuga
A Polícia Civil apurou que, no dia da fuga, houve uma movimentação atípica na penitenciária, quando Thiago e o policial pena Adão Elias Junior, que era diretor da instituição na época, se encontraram em uma sala não monitorada, onde a polícia acredita que foi firmado o acordo e assinatura do termo de saída dos dois detentos.
Gilmar, que é considerado de alta periculosidade e é um dos líderes do Comando Vermelho, não teria permissão para sair da unidade prisional, mas, com a autorização assinada, se escondeu atrás de uma parede no local em que presos trabalham extramuro. Ele, então, entrou em uma caminhonete F-250 do próprio Sistema Penitenciário.
O veículo foi conduzido pelo policial Léo Márcio, com os dois faccionados, e estaria apresentando problemas mecânicos no dia do caso. No caminho, foi decidido que eles trocariam de carro. Eles buscaram uma caminhonete Toyota Hilux que pertence a Gilmar.
A troca ocorreu para que a caminhonete do Sistema Prisional fosse levada a oficina e ainda tivesse um veículo para realizar os trabalhos da unidade prisional durante a tarde e, assim, despistar a fuga.
Os criminosos buscaram a caminhonete Hilux na residência do criminoso, em um prédio nas proximidades do Shopping Goiabeiras. Na ocasião, os dois faccionados seguiram sozinhos no veículo. Em seguida, foram até a oficina, onde encontraram novamente com o policial penal e seguiram para uma churrascaria na Avenida Miguel Sutil, na capital.
Ao chegar na churrascaria, duas mulheres chegaram, em uma caminhonete Mitsubishi Pajero, e almoçaram com o trio, sendo que uma delas pagou toda a conta.
Após o almoço, o líder do CV deixou o estabelecimento com as duas mulheres na caminhonete Mitsubishi. O policial penal e Thiago deixaram juntos a churrascaria, porém, após a saída do estacionamento, o detento desceu do veículo e se juntou ao trio que estava na Pajero, concretizando a fuga.
Na ocasião, o policial penal Léo Márcio realizou sozinho os serviços de busca de mercadorias para o presídio e depois retornou à oficina mecânica, onde transferiu as compras da caminhonete Hilux do criminoso para a F-250.
Somente após todos os afazeres da tarde, o agente comunicou o diretor sobre a suposta fuga, em uma conversa em local isolado, que demorou aproximadamente 40 minutos.
Após o lapso temporal, os dois investigados registraram boletins de ocorrência distintos, com intuito de não serem responsabilizados, com várias omissões e inconsistências de informações, como a indicação do local da fuga.
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