Brasil ainda não recebeu nenhuma indicação de que presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, virá à cúpula do bloco
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A poucos dias da reunião de cúpula do Mercosul, prevista para sexta-feira (6) em Montevidéu, o governo brasileiro ainda não recebeu nenhuma sinalização de que a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, viajará ao Uruguai para participar do encontro.
A falta de qualquer mensagem por parte do estafe de Von Der Leyen deixa mais incerto o fechamento do acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, discutido há quase 25 anos, depois de uma rodada decisiva de negociações em Brasília.
Do lado brasileiro, não há mais restrições ao acordo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dá carta branca para um anúncio, segundo relatos feitos à CNN por interlocutores próximos.
Lula participará da reunião, que começa na quinta-feira (5), com ministros e altos funcionários. No Palácio do Planalto, a aposta é de que também não existe objeção por parte de nenhum outro sócio do Mercosul.
A avaliação, agora, é de que tudo está nas mãos de Von Der Leyen. Assessores presidenciais acreditam que ela tem interesse e se empenha pela conclusão do acordo. Reconhecem, no entanto, que a presidente da Comissão Europeia enfrenta enorme dificuldade política com alguns países, como França e Polônia.
“Um ponto e meio”
Do ponto de vista técnico, as negociações evoluíram e estão “esgotadas”, segundo relatos feitos à CNN. Na terça-feira (26), quando o encontro começou, eram cinco ou seis pendências – na área ambiental e em espaço para políticas industriais.Sobrou, conforme fonte do Mercosul, “um ponto e meio” em colchetes – um mais sensível e outro que, acredita-se, deve ser superado.
Nas negociações diplomáticas, a existência de colchetes significa divergências no texto final.Os negociadores-chefes dos dois blocos, que se reuniram em Brasília na semana passada, se comprometeram a levar esses pontos pendentes ao “máximo nível político” para uma decisão.
Havendo aval político, afirmam esses negociadores, as pendências restantes serão facilmente resolvidas e o acordo poderá ser anunciado em Montevidéu. A UE já informou que, nesse caso, Von Der Leyen participará da reunião de cúpula.
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