Além dos americanos, representantes de outros 23 países observaram os treinamentos, incluindo Turquia e Hungria, Estados-membros da Otan Internacional, Alexander Lukashenko, Belarus, Estados Unidos, exercícios militares, Leste Europeu, OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Polônia, Rússia, Washington D.C. CNN Brasil
Oficiais militares americanos observaram exercícios militares conjuntos entre a Rússia e Belarus nesta segunda-feira (15) e foram informados pelo ministro da Defesa bielorrusso, Viktor Khrenin, que poderiam analisar “o que for do seu interesse”.
Os dois países iniciaram o exercício militar “Zapad-2025” em campos de treinamento nas duas nações na sexta-feira (12), em um momento de tensão crescente com a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), dois dias após a Polônia abater drones russos que invadiam seu espaço aéreo.
A presença dos americanos em um campo de treinamento de Belarus foi apresentada pelo Ministério da Defesa do país como uma surpresa.
“Quem imaginaria como começaria a manhã de mais um dia do exercício Zapad-2025?”, afirmou o ministério em um comunicado, destacando a presença de representantes de 23 países, incluindo dois outros Estados-membros da Otan: Turquia e Hungria.
O ministério divulgou um vídeo mostrando dois oficiais americanos uniformizados agradecendo a Khrenin pelo convite e apertando a mão dele.
“Mostraremos o que for do seu interesse. O que vocês quiserem. Podem ir lá e ver, conversar com as pessoas”, declarou o ministro aos americanos, que se recusaram a falar com repórteres.
A presença de oficiais americanos é o mais recente sinal de aproximação entre Washington e Belarus, um aliado próximo da Rússia que permitiu que Moscou usasse seu território para enviar dezenas de milhares de tropas para a Ucrânia em fevereiro de 2022.
John Coale, representante do presidente dos EUA, Donald Trump, esteve em Minsk na semana passada para conversas com o líder bielorrusso, Alexander Lukashenko, que concordou em libertar 52 prisioneiros de suas prisões, incluindo jornalistas e oponentes políticos.
Em troca, os EUA concederam alívio das sanções à companhia aérea nacional do país, Belavia, permitindo que ela prestasse serviços e comprasse componentes para sua frota, que inclui aeronaves Boeing.
Trump quer reabrir a embaixada americana em Belarus em um futuro próximo, normalizar os laços e reavivar a relação econômica e comercial, disse Coale.
O líder americano, que vem tentando negociar o fim da guerra na Ucrânia, está cultivando laços mais estreitos com Lukashenko, que mantém conversas regulares com Putin.
Na semana passada, Trump enviou a Lukashenko uma carta amigável assinada à mão por meio de Coale.