Atriz mirim, de 11 anos, atuou em produções como “A Infância de Romeu e Julieta” e “Sintonia” e teve “abcesso cerebral”; artista morreu no dia 2 de maio São Paulo, -agencia-cnn-, Atriz, Millena Brandão, Morte, São Paulo (geral) CNN Brasil
Após um pouco mais de dois meses da morte da atriz mirim, Milena Brandão, um laudo pericial que a CNN teve acesso aponta que um abcesso cerebral foi a causa da morte da artista. A jovem morreu aos 11 anos, no dia 2 de maio, em São Paulo.
No entanto, o documento da Polícia Técnica-Científica não esclarece exatamente o que levou Milena a ter a doença. Abscessos cerebrais são um tipo de infecção na região que pode causar a formação de pus. Os primeiros sintomas são dores de cabeça e febre que vai e vem.
De acordo com o laudo, “o quadro morfológico encefálico é compatível com um processo inflamatório/infeccioso.”
Além de participações como figurante em “A Infância de Romeu e Julieta” do SBT, Millena Brandão também fez parte do elenco da série “Sintonia” da Netflix. Ela buscava atuar em teatro musical na Cia Artística En’cena e também trabalhava como modelo e influenciadora, contando com 155 mil seguidores em suas redes sociais.
Além de atriz, Millena também trabalhava como modelo e influenciadora. Com 155 mil seguidores, a garota mostrava seu dia a dia com a família e amigos nas redes sociais.
Saiba quem foi Millena Brandão
Internação e morte
A atriz foi internada em estado grave no dia 28 de abril. Segundo o relato de seu pai, Luiz Rodrigo Brandão, ela começou a sentir dores de cabeça, nas pernas e cansaço, chegando a desmaiar em casa.
A atriz deu entrada na UPA Maria Antonieta, em São Paulo, onde exames para doenças como Covid, dengue e influenza deram negativo, mas foi notada uma infecção na urina.
Na manhã d dia seguinte, Millena sofreu sua primeira parada cardíaca e foi transferida para o Hospital Geral do Grajaú, na Zona Sul da capital paulista.
Exames de imagem revelaram uma mancha incomum em seu cérebro. Ela estava em estado gravíssimo e precisou ser sedada e entubada. O pai informou que a falta de um neurocirurgião e novas paradas cardíacas dificultaram ou impediram sua transferência para o Hospital das Clínicas. Durante a madrugada do dia 1º de maio, Millena sofreu mais paradas cardíacas e continuou entubada.
A morte de Milena foi constatada como morte encefálica, também conhecida popularmente como morte cerebral. O óbito foi confirmado às 16h55 de sexta-feira. Segundo neurocirurgiões ouvidos pela CNN, a morte encefálica ocorre por uma lesão definitiva e irreversível no encéfalo, tronco cerebral e cérebro. É um quadro irreversível, e segundo os especialistas, a ideia de que pode ser revertida é uma desinformação grave.
O caso foi registrado inicialmente como morte suspeita pelo 101º Distrito Policial (Jardim Imbuias).