Um mototaxista foi executado a tiros enquanto trabalhava em um ponto de mototáxi localizado em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. A vítima foi identificada como Ramon Gomes da Conceição, de 25 anos. Criminosos ligados ao Comando Vermelho teriam sido os responsáveis pelo ataque ocorrido nesta terça-feira (25/11).
Fontes da região ouvidas pela coluna relatam que os autores do crime faziam parte do grupo que antes atuava no Morro do Bom Pastor e que, recentemente, passaram a se alinhar à facção que domina parte do Complexo do Castelar.
Leia também
-
Aluno de 12 anos é baleado em escola em área dominada pelo CV
-
“De novo, Kaique?”: morto em confronto com a PMGO era do CV e viralizou com juíza
-
CV amarra, executa X9 e deixa aviso: “Morri porque joguei com a Rocam”
-
CV proíbe soldados de postar fotos de armas e drogas nas redes sociais
Ramon, que também desempenhava funções em uma escola do bairro, estaria entre os mototaxistas coagidos a seguir diretrizes impostas pelos criminosos. Segundo relatos, ele vinha sendo pressionado a obedecer regras impostas pela nova liderança criminosa na área. Ao se recusar, teria se tornado alvo direto do grupo armado.
Intimidação
A execução, ocorrida em plena luz do dia, foi interpretada por moradores e trabalhadores como uma ação de intimidação, destinada a impor medo e controle sobre o serviço de mototáxi local. Testemunhas afirmam que os executores chegaram rapidamente, efetuaram os disparos e fugiram sem levar pertences da vítima, reforçando o caráter de execução.
A Polícia Militar foi acionada e isolou a área até a chegada da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, responsável pelas investigações. Agentes buscam identificar os envolvidos e entender a dinâmica completa do crime, que mais uma vez expõe a vulnerabilidade de trabalhadores em regiões dominadas por disputas entre facções.
Moradores lamentaram a morte do jovem, descrito como trabalhador, tranquilo e muito querido no bairro. A insegurança crescente voltou a levantar questionamentos sobre a presença do crime organizado e a falta de proteção aos profissionais que dependem da rua para sobreviver.
