Influenciador é investigado pelos crimes de estupro de vulnerável e produção de cenas pornográficas com uma criança Rio de Janeiro, -agencia-cnn-, Abuso sexual, Crime Sexual CNN Brasil
O MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) obteve nesta quinta-feira (23), a prisão temporária do youtuber João Paulo Manoel, conhecido como “Capitão Hunter”. O influenciador é investigado pelos crimes de estupro de vulnerável e produção de cenas pornográficas com uma criança.
A prisão foi requerida pela 5ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro junto ao Juízo da 1ª Vara Especializada de Crimes Contra a Criança e o Adolescente da Capital.
De acordo com o Ministério Público, a representação pela prisão temporária ressalta que a mãe de uma menina de 11 anos procurou, em setembro deste ano, a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DECAV) para denunciar que o youtuber.
Em conversas travadas com a criança pelas redes sociais, João Paulo Manoel fez pedidos de cunho sexual à vítima. Ainda de acordo com o relato, a criança ganharia cartas especiais de um jogo como forma de recompensa.
Segundo a delegada Maria Luiza Machado, João criava uma relação de confiança com as vítimas e induzia as crianças a apagarem as mensagens. “Isso para fim de investigação é irrelevante porque a gente consegue acessar as mensagens apagadas”, afirmou a delegada.
Entenda o caso
Segundo as investigações, uma das vítimas, uma menina de 13 anos, conheceu o youtuber durante um evento em um shopping da zona Norte do Rio de Janeiro. Após o encontro, eles passaram a se comunicar pela internet. O influenciador teria prometido aos pais da adolescente que apoiaria sua participação em competições do jogo.
De acordo com o depoimento da vítima, o homem passou a solicitar imagens íntimas e enviou fotos inapropriadas dele próprio, oferecendo produtos da franquia em troca. Conversas registradas nas redes sociais confirmaram o teor das mensagens. Outro caso semelhante teria ocorrido com um menino de 11 anos.
O mandado de prisão foi expedido pelos crimes de estupro de vulnerável e produção de conteúdo pornográfico infantil. Os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão e realizaram a quebra de sigilo de dados. Equipamentos eletrônicos foram recolhidos e serão submetidos à perícia.
Em pronunciamento, a defesa de João Paulo afirmou a inocência do youtuber.
Veja a nota:
“Isso será provado no momento oportuno. Eu ainda não tive acesso aos autos, e é até estranho que alguns áudios e prints tenham vazado indevidamente, sendo que se trata de um processo que corre em segredo de Justiça.
Reafirmo: meu cliente, durante muitos anos, ajudou famílias em relação a crianças PCD (Pessoa com Deficiência), com problemas de depressão, com problemas com drogas.
Sobre os fatos narrados, só posso falar dentro do processo. Não tive acesso aos autos, não tive acesso às imagens, nem às conversas que foram vazadas. Tudo isso será explicado no momento oportuno. Mas o que posso afirmar é que meu cliente é inocente. Ele tem um histórico de tratamento extremamente cauteloso em todos os sentidos — seja com famílias, crianças ou adolescentes.
É óbvio que, pelo fato de ser uma pessoa exposta, um grande youtuber, há uma repercussão. E é muito importante que nós não condenemos ninguém […], antes de o fato ter sido julgado.”
*Sob supervisão de Pedro Osorio

