Trabalhadores receberam e-mail exigindo explicações sobre atividades da última semana
Este conteúdo foi originalmente publicado em Musk exige que funcionários federais justifiquem empregos e ameaça demissão no site CNN Brasil. Internacional, doge, Donald Trump, Elon Musk, Estados Unidos, Funcionários CNN Brasil
Os funcionários do governo federal dos Estados Unidos começaram a receber e-mails neste sábado (22) pedindo uma explicação sobre o trabalho que fizeram na última semana. O bilionário Elon Musk, responsável pelo Departamento de Eficiência Governamental, anunciou que “a falta de resposta será considerada uma renúncia” ao cargo.
“Por favor, responda a este e-mail com aproximadamente 5 tópicos do que você realizou na semana passada e envie uma cópia para seu gerente. Por favor, não envie quaisquer informações confidenciais, links ou anexos”, diz o e-mail, que não possui assinatura. A CNN obteve cópias de e-mails enviados a vários funcionários federais.
“De acordo com as instruções do presidente @realDonaldTrump, todos os funcionários federais receberão em breve um e-mail solicitando que expliquem o que fizeram na semana passada”, postou Musk neste o sábado no X, horas depois que o presidente Donald Trump sugeriu que ele fosse mais “agressivo”. “A falta de resposta será considerada uma renúncia.”
No entanto, o próprio e-mail não informa que a falta de resposta será considerada como demissão. Diz que o prazo para envio é segunda-feira (24).
Pouco depois da postagem de Musk, Trump chamou o proprietário do X de “patriota” e disse que estava “fazendo um ótimo trabalho” durante comentários na Conferência de Ação Política Conservadora.
Musk, a quem Trump contratou para remodelar o governo federal com seu Departamento de Eficiência Governamental, não forneceu detalhes adicionais sobre os e-mails, incluindo quando seria o prazo e para quem eles seriam enviados. Também não está claro se o plano de Musk é legal.
A CNN entrou em contato com a Casa Branca para comentar.
O chefe de um importante sindicato que representa os trabalhadores federais criticou o ultimato de Musk, dizendo à CNN em um comunicado que a decisão reflete o “total desdém da administração Trump pelos funcionários federais e pelos serviços críticos que prestam ao povo americano”.
“É cruel e desrespeitoso que centenas de milhares de veteranos que usam o seu segundo uniforme na função pública sejam forçados a justificar os seus deveres profissionais a este bilionário incomunicável, privilegiado e não eleito, que nunca desempenhou uma única hora de serviço público honesto na sua vida”, disse Everett Kelley, presidente nacional da Federação Americana de Funcionários Públicos.
Kelley disse que seu sindicato planeja tomar medidas legais para “desafiar quaisquer demissões ilegais de nossos membros e funcionários federais”.
Os comentários de Musk seguem uma postagem de Trump na manhã deste sábado, sugerindo que ele gostaria de ver o bilionário da tecnologia ser mais agressivo.
“ELON ESTÁ FAZENDO UM ÓTIMO TRABALHO, MAS GOSTARIA DE VER ELE SER MAIS AGRESSIVO. LEMBRE-SE, TEMOS UM PAÍS PARA SALVAR, MAS, NO FINAL, PARA FAZER MAIOR DO QUE NUNCA ANTES. MAGA!” A postagem de Trump foi lida. Musk respondeu: “Farei, senhor presidente!” em sua própria postagem.
Os e-mails chegam no momento em que Musk e Trump procuram remodelar a força de trabalho federal – incluindo a redução do seu tamanho, a substituição de trabalhadores de carreira por nomeados políticos, a eliminação de algumas proteções do serviço público, o fim dos esforços de diversidade e muito mais.
A administração Trump ofereceu “aquisições” aos trabalhadores federais no mês passado, permitindo que os trabalhadores deixassem os seus empregos, mas fossem pagos até ao final de setembro. O plano enfrentou desafios legais, embora um juiz federal tenha permitido na semana passada que a administração Trump avançasse por enquanto.
E trabalhadores federais foram demitidos aos milhares em vários departamentos, com mais demissões planejadas.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Musk exige que funcionários federais justifiquem empregos e ameaça demissão no site CNN Brasil.
