PF fez operação três dias antes da prova do CNU ser aplicada; Esther Dweck lembra três eliminações por fraude no primeiro concurso e reforça rigor máximo contra quem tentar burlar 2ª edição Economia, Concurso Nacional Unificado, Enem dos Concursos, Esther Dweck CNN Brasil
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou neste domingo (5) que o governo atua para impedir que fraudadores atuem no CPNU (Concurso Público Nacional Unificado).
A primeira etapa da prova é realizada nesta tarde em todas as regiões do país. Na quinta-feira (2), a PF (Polícia Federal) promoveu operação para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes a concursos públicos.
“Acho que é muito importante ter tido essa operação antes da data de hoje. É muito importante, porque justamente essa quadrilha não vai poder atuar nesse concurso, e essa parece ser uma das principais quadrilhas que atuaram em fraude de concurso”, disse em entrevista a jornalista durante visita a um local de prova, em Brasília.
A operação da PF, segundo a ministra, contou com a contribuição e trocas de informações da primeira edição do CPNU, realizada no ano passado.
“A gente já tinha feito toda uma análise para reforçar ainda mais a segurança. Eu quero dizer para as pessoas, fiquem tranquilas, porque o nosso compromisso é que quem fizer a prova de forma honesta, correta e passar, poderá entrar e não deixará ninguém que fraudou entrar no lugar dessas pessoas”, disse.
A ministra afirmou que três pessoas envolvidas em fraudes em concursos anteriores foram afastadas. Outras três são investigadas. Como a CNN mostrou, as da PF indicaram fraudes no CPNU e em certames das polícias civis de Pernambuco e Alagoas, da Universidade Federal da Paraíba, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.
Para este ano, a ministra destacou que houve reforço na segurança, que conta com uma operação integrada. Ela mencionou que todas as salas contam com detectores de metais para a identificações de possíveis pontos eletrônicos.
“Na sala de Comando e Controle Integrado, a gente tem duas pessoas de cada estado que estão acompanhando com a gente e se comunicando com o Brasil inteiro, com todas as polícias militares e civis no Brasil inteiro, para se tiver alguma intercorrência em alguma sala, em algum local de prova, a gente vai saber imediatamente, vai saber agir. Tem todo um protocolo para agir caso aconteça alguma coisa, mas a nossa expectativa é que não ocorra nada”, disse.
Nesta segunda edição do chamado “Enem dos Concursos”, são mais de 760.000 inscritos de 4.951 municípios. As provas são aplicadas em 288 cidades.
O CPNU oferta, neste ano, 3.652 vagas, sendo 3.144 para nível superior e 508 para nível intermediário, distribuídas em 32 órgãos. Serão 2.480 vagas imediatas e 1.172 vagas de provimento no curto prazo após os resultados. A segunda etapa das provas, de fase discursiva, está prevista para 7 de dezembro para os candidatos habilitados na prova objetiva.
A ministra visitou nesta manhã um local de aplicação das provas, em Brasília. A visita foi realizada em um centro universitário, na Asa Norte, onde mais de 7.000 pessoas estão inscritas para realizar a prova.
Esther Dweck reafirmou que o governo federal não prevê, por ora, realizar um novo CPNU no próximo ano. Para 2026, o Executivo deve priorizar a nomeação dos candidatos aprovados nas edições anteriores. O concurso tem modelo de seleção unificado com o objetivo de centralizar e democratizar a seleção para órgãos federais.

			
			
		