Protesto contra Lula e por anistia estão sendo convocadas para março pelo ex-presidente Jair Bolsonaro
Este conteúdo foi originalmente publicado em “Não nos assustamos com manifestações”, diz Gleisi sobre atos da direita no site CNN Brasil. Política, Gleisi Hoffmann, Protestos CNN Brasil
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou, nesta sexta-feira (21), que a oposição “tem direito” de convocar protestos como os que estão previstos para março e que, mais do que criticar o governo Lula, eles devem servir para “defender Bolsonaro”.
“Nós não nos assustamos com manifestações. Aliás, o PT nasceu de manifestações e em todos os seus governos sempre fez interação com quem se manifestasse contrariamente, em processos de greve”, afirmou Gleisi.
A fala foi feita em entrevista coletiva no evento de aniversário de 45 anos do PT, no Píer Mauá, na zona portuária do Rio de Janeiro.
Eles (oposição) têm que convocar (protestos) para se defender e defender Bolsonaro e a anistia. Estão dizendo que é de oposição, mas eu penso que esses protestos vão virar em defesa, porque quem está tendo que responder ao povo e ao Brasil é Bolsonaro e os bolsonaristas, denunciados em uma denúncia que tem fartas provas sobre o envolvimento deles no processo de golpe no país contra as instituições democráticas.
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT
Em vídeo que tem sido compartilhado em canais bolsonaristas, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece convocando apoiadores para participarem dos atos em março.
Na gravação, além de falar sobre anistia aos presos pelos ataques contra os Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 e Lula, Bolsonaro cita questões como a segurança pública do país e a liberdade de expressão.
Painel
No Rio, Gleisi mediou um painel com o tema “Para inspirar a organização partidária: a construção exitosa do Morena e da Frente Ampla”, com representantes dos dois partidos de esquerda, do México e do Uruguai, respectivamente.
No Uruguai, Yamandú Orsi toma posse em 1° de março, com presença do presidente Lula na solenidade.
Já no México, a presidente Claudia Sheinbaum conta com índices de aprovação acima de 60% — como registrou pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada neste mês.
No Brasil, em pesquisa Datafolha divulgada na semana passada, a aprovação do governo Lula caiu para 24%, o pior índice do petista em todos os seus três mandatos na Presidência.
Para Gleisi, é “claro” que o Datafolha deste mês é “ruim”, mas a pesquisa retraria apenas um “momento” do governo, com “especulação” sobre o dólar impactando o preço dos alimentos e a “ausência” de Lula em compromissos pelo país diante de problemas de saúde.
“Foi uma conjunção de fatores que levou a isso. Mas é o momento, e a gente vai recuperar, porque o governo tem muitas coisas positivas”, declarou.
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