Primeiro-ministro israelense tem solicitado que regime dos Aiatolás seja derrubado e não descartou atentado contra Ali Khamenei Internacional, Donald Trump, Israel, israel x irã, William Waack CNN Brasil
A troca de ataques entre Irã e Israel avança pelo quinto dia consecutivo, com o governo de Benjamin Netanyahu afirmando que matar o líder supremo do Irã acabaria com a crise. Netanyahu não descartou um atentado contra o líder supremo do país, o Aiatolá Ali Khamenei. O premiê israelense disse apenas que “fará o que tem de ser feito”.
Fontes da Casa Branca afirmaram durante o fim de semana que o presidente americano, Donald Trump, barrou um plano para matar o Aiatolá.
Agora à noite, Trump afirmou que o Irã deveria ter assinado o acordo patrocinado por ele e que “todos deveriam deixar Teerã imediatamente”.
Netanyahu, em entrevista à ABC News, afirmou que as conversas iranianas eram apenas uma fachada. “Enquanto eles estavam negociando com os Estados Unidos, o líder supremo do Irã, Aiatolá Khamenei, tuitou quase todos os dias “morte a Israel”.
Enquanto eles estavam negociando com os Estados Unidos, o líder supremo do Irã, Aiatolá Khamenei, tuitou quase todos os dias “morte a Israel”. As conversas eram só uma fachada.
Desde a semana passada, Israel tem atacado importantes instalações nucleares e matou comandantes e cientistas nucleares no Irã.
As quinze mil centrífugas da principal fábrica de enriquecimento de urânio do Irã estão provavelmente danificadas, disseram nesta segunda-feira os técnicos da Agência Internacional de Energia Atômica da ONU.
Apenas uma das três grandes estruturas nucleares iranianas segue intacta. As centrífugas de Fordow estão instaladas dentro de uma montanha, e os bombardeios israelenses não conseguem causar dano significativo aos equipamentos.
Israel bombardeou hoje a televisão estatal do Irã e interrompeu a transmissão da emissora, afirmando que o prédio era usado como centro de comunicações dos militares.
Netanyahu tem pedido à população iraniana que derrube o regime dos Aiatolás.
O jornalista iraniano Abas Aslani contou à CNN que a iniciativa, entretanto, tem tido o efeito contrário.
“Essa ameaça externa vinda de Israel, e essa agressão, levou diferentes facções a se unir sob a mesma bandeira. Eu estava falando com algumas pessoas que são críticas à estrutura do governo. Elas não concordam com o governo em muitas questões, podem ser críticas à burocracia iraniana, mas todos concordam com uma coisa: que o Irã precisa dar uma resposta esmagadora a Israel.”, disse Aslani.
Depois dos ataques, o Irã ameaçou enviar mísseis às emissoras de TV que operam em Israel. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, disse que não quer escalar o conflito, mas que responderá proporcionalmente aos ataques.
Já a chancelaria iraniana afirmou que o parlamento deve votar em breve uma lei para abandonar o acordo de não-proliferação de armas nucleares. O tratado permite o desenvolvimento de uma estrutura nuclear para abastecer usinas elétricas, mas exige como contrapartida o monitoramento internacional constante da indústria atômica.
Antes dos ataques, a agência da ONU responsável pela fiscalização afirmou que o Irã falhou em provar o uso exclusivamente civil da estrutura nuclear do país.