Hugo Motta sinalizou que dará prioridade para proposta; Haddad vê texto apresentado pelo governo como “mais justo”
Este conteúdo foi originalmente publicado em No CNN Talks, Haddad e Hugo Motta debatem isenção do IR no site CNN Brasil. Macroeconomia, CNN Brasil Money, CNN Talks, Fernando Haddad, Hugo Motta, Isenção Imposto de Renda CNN Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), debateram a proposta do governo federal para isentar de Imposto de Renda (IR) quem ganha até R$ 5 mil.
A conversa aconteceu durante o “CNN Talks – Especial CNN Money: Pulso Econômico | As Novas Regras do Jogo”, o primeiro evento do canal de economia.
Haddad afirmou que a proposta mais justa para compensar a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil é a apresentada pelo governo federal.
O ministro foi questionado sobre propostas alternativas que começam a surgir em Brasília. O Partido Progressista, por exemplo, defende o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em 5% para instituições financeiras que apresentem lucro líquido acima de R$ 1 bilhão.
“Na minha opinião altera [o intuito da proposta]. Porém, quero conhecer a proposta. Do nosso ponto de vista, chegamos a um desenho muito satisfatório”, disse o ministro.
Hugo Motta, em uma sinalização positiva para o governo federal, afirmou que não irá permitir que outras pautas atrapalhem a tramitação da proposta de isenção do IR.
“Não vamos permitir que outras pautas – não só a anistia, mas qualquer outro projeto – prejudiquem o andamento de um projeto importante como esse que é a matéria do Imposto de Renda para essa isenção até R$ 5 mil para 10 milhões de pessoas”, disse.
Hugo ainda afirmou que, em uma ordem de prioridade para a população brasileira, a proposta de isenção do IR está à frente do PL da anistia.
O projeto da isenção do IR é prioritário para o Executivo e foi uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O deputado federal e ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) é o relator da proposta.
A compensação financeira da medida é o maior ponto de divergência no Congresso em relação ao texto enviado pelo governo.
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