O inédito Nissan Kait, futuro SUV compacto de entrada feito a partir da primeira geração do Kicks, parece ter planos maiores do que apenas entrar para a disputa no Brasil. Imagens enviadas à QUATRO RODAS por um leitor que preferiu manter-se anônimo, mostram duas unidades do modelo em um aeroporto brasileiro, prestes a embarcarem em um avião cargueiro. O destino não é próximo: a África do Sul.
Ainda não há informações concretas sobre o que o modelo faria por lá, que pode ir de apenas estudos à produção local. O Volkswagen Tera, seu principal concorrente, será feito também na África do Sul a partir de 2027. Por lá, a Nissan mantém uma fábrica em Pretória (Rosslyn), onde produz a Frontier (batizada de Navara no mercado sul-africano).

As unidades enviadas têm camuflagens feitas para despistar, com volumes centrais na dianteira e traseira, como se fossem logotipos pronunciados. Na traseira, há ainda a sugestão de que as lanternas são horizontais. Olhe bem: camuflado, ele até se passa por um Volkswagen. E talvez isso não seja por acaso.
O que denuncia que se trata do Kait (nome ainda não oficializado, mas garantido por fontes à QUATRO RODAS), são os formatos laterais, como de portas, janelas e maçanetas, os mesmos da primeira geração do Kicks – hoje, Kicks Play.

O modelo será lançado no mercado brasileiro em 2026, em substituição ao Kicks e como uma porta de entrada aos SUVs da Nissan, abaixo da nova geração do Kicks. Ainda não se sabe sobre possíveis mudanças mecânicas, mas é pouco provável que ele adote a mesma motorização 1.0 turbo de 125 cv do novo Kicks, que vem do Renault Kardian. As chances são maiores de que ele mantenha o atual motor 1.6 aspirado do Kicks Play.

Também paira o mistério sobre avanços tecnológicos que o Kait poderá (ou não) ter. Atualmente, o Kicks Play tem alerta de colisão com frenagem automática como único sistema de auxílio à condução (ADAS), sem itens como alertas de pontos cegos, piloto automático adaptativo, alerta de tráfego cruzado ou assistente de permanência em faixa. Não se sabe se a arquitetura eletrônica do modelo permitiria a adição de algum (ou alguns) destes equipamentos.
O que se sabe é que a mudança visual será grande o suficiente para que o Kait se passe por um carro inédito. Isso, tanto por dentro, quanto por fora.