A Novo Nordisk anunciou, em evento nesta segunda-feira (7/4) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros integrantes do governo, um investimento de R$ 6,4 bilhões na planta da empresa em Montes Claros (MG). A fábrica deve receber uma nova linha de produção asséptica, novo centro de armazenamento e novo laboratório de controle de qualidade. A expectativa é de que haja criação de 600 empregos na região, segundo informações da companhia. A expansão permitirá que sejam fabricados no Brasil os análogos do GLP-1 (princípio ativo das linhas Ozempic e Wegovy) a partir de 2028.
O investimento é visto como um passo importante para a implementação de uma parte essencial e de alta tecnologia do processo de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) no Brasil. Ainda segundo a empresa, a nova instalação será projetada com foco na sustentabilidade, visando a certificação LEED, utilizando materiais de construção de baixo carbono e com 100% do fornecimento de energia proveniente de painéis solares, além da coleta e reutilização de água da chuva.
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Presente no evento, o presidente Lula destacou que considera a Novo Nordisk como “um grande parceiro” na retomada da reindustrialização do setor de saúde no Brasil. “Essa nova estratégia é produto de mais de 20 anos de estudos e iniciativas de construção de políticas públicas para o SUS”, declarou.
Embora não haja investimento público anunciado no projeto, tanto governo quanto empresa celebraram a “parceria” que permitiu o aumento da produção em Minas Gerais. O presidente global da Novo Nordisk, Lars Jorgensen, chegou a agradecer o vice-presidente Alckmin pelas “discussões abertas e produtivas” que permitiram a expansão da produção de enzimas da empresa em Montes Claros. Uma dessas reuniões foi, inclusive, divulgada com exclusividade pelo JOTA em janeiro.
Já o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT-SP), reforçou que a empresa é responsável pelo fornecimento de oito a cada 10 insulinas distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além de Lula e Padilha, stiveram presentes o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Também esteve na comitiva o senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG).
