Edinho Silva também defende Lula em 2026 e critica excessos do Congresso Política, Congresso Nacional, Edinho Silva, Governo Lula, PT (Partido dos Trabalhadores), STF (Supremo Tribunal Federal) CNN Brasil
O novo presidente eleito do PT, Edinho Silva, afirmou nesta terça-feira (8) que o STF (Supremo Tribunal Federal) tem exercido um papel de “poder moderador” nas disputas entre Executivo e Legislativo. A declaração foi feita em entrevista ao JOTA, compartilhada com a CNN.
“Emerge no país um outro fenômeno recente, que é o poder moderador. O Supremo, toda vez que a contradição está instaurada, vem como um poder moderador”, afirmou Edinho.
Segundo ele, esse cenário decorre de um desequilíbrio entre os Poderes, com fortalecimento excessivo do Congresso e enfraquecimento do Executivo. Edinho ainda disse que o Supremo passou a exercer funções que “historicamente não eram suas”, o que geraria um “desarranjo institucional”.
Eleito com 73,48% dos votos (239.155 filiados), Edinho deve tomar posse no comando nacional do partido no início de agosto.
Críticas ao Congresso e defesa do presidencialismo
O ex-prefeito de Araraquara afirmou que o Congresso passou a dominar o orçamento público desde os governos Temer e Bolsonaro, o que teria descaracterizado o sistema presidencialista.
“O debate do Congresso não é transição energética, margem equatorial ou a PEC da Segurança Pública”, criticou.
Edinho também comentou a crescente crítica da sociedade ao STF, e disse que os ministros apenas “atuam quando acionados”.
Lula em 2026 e comunicação com eleitores
Edinho declarou que o presidente Lula será candidato à reeleição em 2026:
“Lula é candidato à reeleição. Esse é o cenário que está dado.”
Apesar disso, reconheceu que o partido precisa melhorar a comunicação institucional e dialogar com a parcela da população que não votou no presidente em 2022.
Fiscal, Banco Central e Selic
Sobre economia, Edinho criticou a manutenção de desonerações, como a do setor de eventos (Perse), e defendeu estabilidade e previsibilidade fiscal. Ele se disse contra mudanças nas metas fiscais e propôs um debate sobre renúncias e qualidade do gasto público.
O petista ainda elogiou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e questionou o último aumento da taxa Selic:
“Tenho zero desconfiança ao Galípolo. Ele é competente e quer o bem do país.”