Mesmo com favoritos definidos nas eleições internas para o comando da Câmara e do Senado, siglas terão nomes na disputa
Este conteúdo foi originalmente publicado em Novo, PSOL, PL e Podemos têm candidatos de honra e azarões no Congresso no site CNN Brasil. Política, Câmara dos Deputados, Davi Alcolumbre, Eduardo Girão, Henrique Vieira, hugo motta, Marcel Van Hatten, Marcos do Val, Marcos Pontes, Senado, Soraya Thronicke CNN Brasil
Apesar de as eleições internas para o comando da Câmara e do Senado terem favoritos definidos, parlamentares de quatro siglas (Novo, PSOL, PL e Podemos) anunciaram que vão se candidatar, com ou sem o aval de suas bancadas.
As eleições serão realizadas no sábado (1°). O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União-AP) têm o apoio da maioria dos partidos na disputa para os cargos de presidente em cada Casa.
Com uma bancada pequena, o Partido Novo terá “candidaturas de honra” nas duas Casas legislativas. O PSOL também terá um nome próprio na disputa na Câmara, assim como teve em 2023.
Já o Podemos e o PL terão candidatos independentes no Senado, que se lançaram mesmo sem o respaldo de suas siglas. Esses são também chamados de “azarões” na disputa.
Saiba quem serão os candidatos em cada Casa:
Câmara
O Novo confirmou, na segunda-feira (27), que o deputado Marcel van Hattem (RS) será o candidato da sigla ao comando da Câmara. Ele já foi candidato ao cargo em 2021 e 2023, quando recebeu 13 votos e 19 votos, respectivamente. Nas duas ocasiões, perdeu para o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
A candidatura de Van Hattem já vinha sendo ventilada pelo deputado nas redes sociais. O congressista também enfrentará o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), que se lançou candidato ainda no ano passado.
Uma candidatura própria do PSOL tem sido costume da sigla, mesmo nos cenários mais consolidados de apoio a um candidato. Na última eleição interna, em 2023, a sigla lançou Chico Alencar (RJ), que recebeu 21 votos ante a votação recorde de Lira, reeleito com 464 votos.
Franco favorito, Motta tem o apoio de Lira e todas as bancadas da Câmara – com exceções do Novo e do PSOL. O deputado tem o apoio virtual de 495 deputados, número de integrantes somados das bancadas que o apoiaram. A votação, no entanto, é secreta e pode haver “traições”, já que o apoio do partido não garante a conversão dos votos de todos os seus integrantes.
Senado
Mesmo com os acordos costurados por Alcolumbre, o senador deve enfrentar quatro concorrentes. Com a bancada rachada, o Podemos terá dois candidatos: Marcos do Val (ES) e Soraya Thronicke (MS). Outros três senadores da sigla devem apoiar Alcolumbre.
A oposição ao governo Lula terá outros dois candidatos na disputa. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) é o único representante do seu partido e se lançou no pleito.
Sob críticas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) também anunciou que será um dos postulantes. O congressistas é ex-ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações do governo anterior.
O senador foi alvo de críticas de lideranças do PL e apoiadores de Bolsonaro, que tentam demovê-lo de seguir na disputa. O PL decidiu apoiar Alcolumbre para garantir um cargo na Mesa Diretora. A sigla quer evitar o que ocorreu em 2023, quando Rogério Marinho (PL-RN) foi derrotado e o partido ficou sem cargos e representatividade na Mesa.
Para ser eleito, são necessários os votos de 41 senadores (maioria absoluta). Alcolumbre reúne o apoio de todas as bancadas, menos do PSDB e do Novo. Ele já comandou o Senado entre 2019 e 2020.
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