Ivan Michel Bonotto era amigo do mandante do crime e tinha relacionamento amoroso com esposa dele Mato Grosso, -agencia-cnn-, Execução, Polícia Civil, Traição CNN Brasil
Um caso que envolve traição e morte ganhou repercussão nos últimos dias após os envolvidos no crime terem sido alvos de uma operação da Polícia Civil de Mato Grosso, realizada nesta terça-feira (15), que carrega o nome de “Inimigo Íntimo”.
A ação policial tinha o objetivo de investigar uma médica ginecologista, o marido dela, que é empresário, e o executor do crime que vitimou Ivan Michel Bonotto, de 35 anos. Durante as investigações, foi descoberto que Ivan era amigo do empresário e tinha um relacionamento amoroso com a esposa dele.
Um vídeo de câmeras de segurança mostram a médica e o homem enquanto se beijam. No primeiro momento, é possível ver que a mulher fala algo no ouvido dele. Instantes após, ele tira o capacete e a beija. Veja vídeo completo:
Ao descobrir as traições, o empresário, que é dono de uma distribuidora, contratou outro homem para matar Ivan. Porém, para o crime ser cometido com êxito, o executor teria que simular uma briga.
Dinâmica do crime
Ivan foi esfaqueado em uma distribuidora de bebidas, na cidade de Sorriso (MT), no dia 22 de março deste ano.
Segundo a polícia, o dono da distribuidora alegou que o crime ocorreu em decorrência de uma briga, após o consumo de álcool, e que não tinha relação com nenhuma das partes. O autor das facadas também apresentou essa versão na delegacia, alegando ter agido em legítima defesa.
Entretanto, imagens das câmeras de segurança atestaram que o suspeito atraiu Ivan até o estabelecimento e lá o atacou com golpes nas costas, descartando a possibilidade de briga.
Bonotto deu entrada no Hospital 13 de Maio após sofrer várias perfurações de faca. Posteriormente, o homem chegou a apresentar um quadro de melhora, mas morreu no dia 13 de abril devido a uma parada cardiorrespiratória.
Qual o papel da médica na execução?
No decorrer das investigações, foi constatado que a esposa do empresário também teve participação no crime.
Em cerca de quatro minutos após a vítima entrar no hospital, a investigada foi até a unidade de saúde dizendo ser uma amiga do paciente e conseguiu roubar o celular. O objetivo era apagar mensagens, fotos e até mesmo um vídeo que ele havia feito do autor dos golpes.
Após três dias portando o aparelho celular, a ginecologista entregou à família de Ivan, afirmando ter “apagado alguns arquivos com o fim de proteger a vítima”. A mulher é apontada como mentora de uma fraude processual, por cometer atos na intenção de esconder dados da polícia, segundo o delegado responsável pelo caso, Bruno França.
“Operação Inimigo Íntimo”
Os três suspeitos possuíam mandados de prisão e busca e apreensão cumpridos nesta terça-feira (15), em Sorriso (MT).
“Os mandados, sendo dois de prisão temporária e três de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, foram decretados pela 1ª Vara Criminal de Sorriso, pelos crimes de homicídio qualificado e fraude processual”, informou a polícia.
“As investigações seguem em andamento para total esclarecimento dos fatos e a participação dos envolvidos”, finalizou a corporação.