Criminosos solicitavam o pagamento de impostos ou taxas, que eles diziam ser indispensáveis para a conclusão de processos, às vítimas São Paulo, -agencia-cnn-, Distrito Federal, falsos advogados, Prisão, São Paulo (estado) CNN Brasil
Oito pessoas foram presas, na manhã desta sexta-feira (15), por envolvimento com o golpe do “falso advogado” no estado de São Paulo. Segundo a DRCC (Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos) da PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal), outros nove mandados de busca e apreensão também foram cumpridos.
A Operação Quimera, como foi nomeada pela PCSP (Polícia Civil de São Paulo), tem como objetivo acabar economicamente com o grupo criminoso.
Foram autorizados bloqueios judiciais de contas, ativos financeiros e de criptomoedas no valor de mais de R$ 500 mil. Foram apreendidos veículos, dinheiro em espécie e aparelhos eletrônicos do local onde os golpes eram executados.
A operação contou com o apoio da DOE (Divisão de Operações Especiais) da Polícia Civil do DF. Os mandados foram cumpridos na capital paulista, em São Sebastião e Mongaguá.
Conforme apuração da polícia, o golpe acontecia mediante a utilização indevida de credenciais de advogados, obtendo acesso a processos judiciais em andamento e colhendo informações como a numeração dos autos, natureza das ações e dados específicos das partes envolvidas.
Após o roubo das informações, os criminosos entravam em contato com as vítimas, passando-se pelo advogado real ou pelo respectivo escritório, inclusive, utilizando imagens e logotipos reais destes.
Assim, os criminosos solicitavam o pagamento de impostos ou taxas, que eles diziam ser indispensáveis para a conclusão de processos às vítimas, que, com a riqueza de detalhes e perfis reais de seus advogados, realizavam as transferências solicitadas.
Uma das vítimas, residente do Distrito Federal, de 65 anos, teve prejuízo de mais de R$ 500 mil.
Os investigados responderão pelos crimes de estelionato qualificado pelo meio eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com penas máximas que podem chegar até 23 anos de reclusão, se somadas.
As investigações prosseguem para identificar outras vítimas e verificar se há ainda outros envolvidos no grupo criminoso.