Assassinatos foram registrados perto de a GHF (Fundação Humanitária de Gaza) e em outros locais de assistência Internacional, Gaza, Israel, Oriente Médio, Palestinos CNN Brasil
O escritório de direitos humanos das Nações Unidas informou nesta terça-feira (15) que pelo menos 875 pessoas morreram nas últimas semanas em postos de atendimento administrados pela GHF (Fundação Humanitária de Gaza) e em concentrações administradas por outros grupos de ajuda humanitária.
Cerca de 674 pessoas foram mortas nas proximidades dos postos de atendimento, enquanto 201 morreram em rotas de outros locais de ajuda humanitária, disse Thameen Al-Kheetan, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a repórteres em Genebra.
O GHF utiliza empresas privadas de segurança e logística dos EUA para levar suprimentos a Gaza, ignorando amplamente o sistema liderado pela ONU que, segundo Israel, permitiu que militantes liderados pelo Hamas saqueassem carregamentos de ajuda humanitária destinados a civis. O Hamas nega a alegação.
A Fundação Humanitária de Gaza negou repetidamente a ocorrência de incidentes em suas instalações e acusou a ONU de desinformação, o que a organização também nega.
O escritório de Direitos Humanos também registrou um aumento nos assassinatos e ataques contra palestinos por colonos e forças de segurança na Cisjordânia ocupada nas últimas semanas.
Segundo dados das Nações Unidas, cerca de 30 mil palestinos foram deslocados à força no norte da Cisjordânia desde que o exército israelense lançou a operação “Muro de Ferro”.
A diretora de comunicação da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), Juliette Touma, afirmou que uma em cada 10 crianças examinadas em clínicas administradas pela agência em Gaza desde 2024 estava desnutrida.
As equipes de saúde da agência de refugiados examinaram mais de 240 mil crianças menores de cinco anos em suas clínicas desde janeiro de 2024, acrescentando que, antes da guerra, a desnutrição aguda era raramente observada na Faixa de Gaza.