Relatório das Nações Unidas aponta aumento nas violações de direitos humanos nos arredores da capital, Porto Príncipe Internacional, gangues, Haiti, ONU (Organização das Nações Unidas), Violência CNN Brasil
Quase 5.000 pessoas foram mortas no Haiti desde outubro de 2024, desalojando centenas de milhares de pessoas à medida que a violência das gangues aumentava, especialmente em torno da capital Porto Príncipe, de acordo com um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) publicado nesta sexta-feira.
O aumento da violência está aprofundando a crise humanitária do Haiti, desestabilizando o país e levantando preocupações sobre os efeitos colaterais na região.
“A violência aumentou drasticamente nos últimos meses”, diz o relatório do ACNUDH.
“As violações dos direitos humanos fora de Porto Príncipe estão se intensificando em áreas do país onde a presença do Estado é extremamente limitada”, disse a coordenadora humanitária e residente da ONU no Haiti, Ulrika Richardson, em um comunicado à imprensa sobre o relatório.
Entre outubro de 2024 e junho de 2025, 4.864 pessoas foram mortas no Haiti em meio ao agravamento da violência das gangues em todo o país.
Porto Príncipe e áreas vizinhas foram responsáveis por mais de 1.000 das mortes.
As gangues têm assumido cada vez mais o controle em todo o Haiti, sobrecarregando as forças de segurança locais e forçando as organizações internacionais de ajuda a reduzir as operações, além de obrigar dezenas de milhares de moradores a abandonar suas casas.
Hospitais, incluindo o importante Hospital Universitário de Mirebalais, fecharam devido à insegurança, piorando o frágil setor de saúde do Haiti. Menos de 25% das instalações de saúde ao redor de Porto Príncipe continuam funcionando, de acordo com estimativas da ONU.
O relatório da ONU alertou que a escalada da violência no Haiti está ameaçando desestabilizar o país e também outros países do Caribe.