O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Antônio Stefanutto, foi afastado do cargo nesta quarta-feira (23/4), após se tornar um dos alvos de Operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF) e da Controlaria-Geral da União (CGU), que investiga esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.
Além de Stefanutto, outros cinco servidores foram afastados de suas funções no INSS. A PF cumpriu 211 mandados judiciais de busca e apreensão, seis mandados de prisão temporária e ordens de sequestro de bens que somam mais de R$ 1 bilhão.
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A operação identificou irregularidades em descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões. Entre 2019 e 2024, a entidades cobraram de aposentados e pensionistas o valor estimado de R$ 6,3 bilhões.
Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.
Servidor de carreira do INSS desde 2000, Alessandro Stefanutto foi nomeado para a presidência do órgão em 11 de julho de 2023, pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Ele sucedeu Glauco Wamburg, também indicado por Lupi, que foi exonerado pelo suposto uso irregular de passagens e diárias.