Operação foi desencadeada após três meses investigações e uso de tecnologias avançadas para identificar e localizar os criminosos Rio de Janeiro CNN Brasil
Dois homens foram presos nesta segunda-feira (26) durante uma operação da Polícia Civil no Morro do Turano, Zona Norte do Rio. A ação foi coordenada pela 15ª DP (Gávea), sob comando da delegada Daniela Terra, com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), resultados de três meses de investigações.
Os presos foram identificados como Davidson Diniz Ferreira, de 36 anos, e Gabriel Fillipe Martins Ribeiro, de 19, ambos com antecedentes criminais. Segundo a Polícia Civil, os dois confessaram participação em crimes de grande repercussão registrados na Zona Sul da cidade: a tentativa de assalto contra um delegado da Polícia Civil e a ação conhecida como o “Bonde do Parque Lage”.
A tentativa de assalto ocorreu em fevereiro, na Rua das Acácias, na Gávea. Três criminosos abordaram o delegado, houve confronto, e um deles morreu no local. O segundo, Danilo Henrique Nascimento Silva, de 23 anos, foi preso por policiais penais em abril. O terceiro, Gabriel Fillipe, foi capturado hoje.
Além disso, ele também é investigado por integrar uma quadrilha especializada em furtos de celulares usando motocicletas, principalmente por volta das 18h, na Gávea e no Jardim Botânico. A polícia solicita que vítimas que reconheçam uma motocicleta laranja, usada nos crimes, compareçam à 15ª DP para registrar o reconhecimento.
O outro caso investigado é o “Bonde do Parque Lage”, ocorrido na sexta-feira anterior ao Carnaval. Na ação, oito criminosos armados e encapuzados desceram por uma trilha na mata, renderam um vigilante e tentaram invadir residências de luxo próximas ao parque, no Jardim Botânico. O plano foi frustrado após o alarme de uma das casas disparar, o que obrigou os suspeitos a se esconderem na mata e fugirem durante a madrugada.
Davidson Diniz foi identificado como o “batedor” da quadrilha, função em que monitorava a presença de policiais na rota de fuga. Segundo os investigadores, ele recebeu R$ 1 mil para cumprir esse papel.
A operação no Turano utilizou recursos avançados de investigação, como análise de dados telemáticos e monitoramento estratégico. A Core teve participação essencial na execução tática da operação. Segundo a polícia, todos os envolvidos nos dois crimes são oriundos da comunidade dos Prazeres, no Centro do Rio, e as investigações seguem em andamento para localizar os demais integrantes.
Davidson e Gabriel foram encaminhados ao presídio de Benfica, onde permanecem à disposição da Justiça.