Aliados dos israelenses criticam bloqueio de ajuda humanitária, enquanto número de mortos ultrapassa 53 mil; ataque contra funcionários israelenses nos EUA aumenta tensões
Este conteúdo foi originalmente publicado em Os novos desdobramentos da guerra entre Israel e Hamas em Gaza no site CNN Brasil. Internacional, Faixa de Gaza, Fora da Ordem, Guerra, Guerra de Israel, Israel, Palestina CNN Brasil
A guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza atingiu um novo patamar de gravidade, com o número de palestinos mortos ultrapassando a marca de 53 mil, incluindo 16.500 crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas.
A intensificação dos combates nos últimos dias resultou em um aumento significativo no número de vítimas, com relatos de pelo menos 107 palestinos mortos em um período de 24 horas.
Pressão internacional aumenta sobre Israel
Aliados tradicionais de Israel, como Reino Unido, França e Canadá, emitiram uma nota conjunta criticando duramente a condução da ofensiva israelense e exigindo maior entrada de ajuda humanitária em Gaza. A pressão vem em resposta ao bloqueio de 11 semanas imposto por Israel, que limitou severamente o acesso a suprimentos essenciais.
A Organização das Nações Unidas (ONU) classificou a situação como uma “atrocidade desumana”, com 20% da população enfrentando fome extrema. O secretário-geral da ONU, António Guterres, reiterou os apelos por um cessar-fogo imediato e pela distribuição urgente de alimentos pela organização.
A ONU informou que apenas 90 caminhões com ajuda humanitária conseguiram entrar em Gaza desde a retomada parcial da assistência, um número muito abaixo dos 500 caminhões diários que entravam antes do conflito.
Tensões se espalham além de Gaza
O conflito teve repercussões além das fronteiras de Gaza, com um ataque contra dois funcionários da Embaixada de Israel em Washington, nos Estados Unidos. O incidente, classificado como antissemita, resultou na morte de Yaron Lischinsky, de 30 anos, e Sara Milgrim, de 26 anos.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Guilherme Sar, culpou líderes europeus pelo aumento do antissemitismo, estabelecendo uma conexão direta entre as críticas à política israelense e ataques contra judeus no exterior.
Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu enfrenta crescente pressão interna e externa. Sua dependência de ministros de extrema direita em seu gabinete e as declarações controversas sobre os objetivos da guerra em Gaza complicam ainda mais as perspectivas de uma resolução pacífica para o conflito.
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