Mário Augusto e Marcus Augusto respondem por homicídios cometidos no exercício da função São Paulo, -agencia-cnn-, Letalidade policial, PM (Polícia Militar), São Paulo (estado) CNN Brasil
Pai e filho tem sido o centro de atenções no noticiário policial de São Paulo, envolvendo um uma condenação por homicídio e uma investigação na morte de um agente da Polícia Civil.
Mário Augusto Mendes, pai do policial da Rota Marcus Augusto Costa Mendes, cumpre pena desde 2020. Ele foi condenado a 26 anos e 4 meses de reclusão pelos crimes de assassinato e tentativa de homicídio.
O crime ocorreu em 22 de janeiro de 2019, na Cidade Dutra, zona sul de São Paulo. Mário executou Sidney da Silva Araújo após ser repreendido por um ato sexual em via pública.
Segundo os autos, Mário estava recebendo sexo oral de uma mulher em uma travessa quando Sidney se aproximou e o repreendeu, levando Mário a atirar contra ele, resultando na morte de Sidney no local. Uma testemunha relatou que aceitou fazer sexo oral por R$ 20 em uma travessa.
Além do assassinato de Sidney, Mário Augusto Mendes também tentou matar Klayton dos Santos Ventura, amigo da vítima, e ainda forjou uma acusação de roubo contra Klayton.
Morte de policial civil
Marcus Augusto Costa Mendes, policial da Rota e filho de Mário, é o autor dos disparos que atingiram e mataram o policial civil Rafael Moura da Silva, de 38 anos. O incidente ocorreu no último dia 11, durante uma operação contra o tráfico de drogas no Capão Redondo, zona sul de São Paulo.
Rafael Moura da Silva, que tinha 11 anos de carreira no Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), estava em serviço com colegas da equipe do Cerco ( Corpo de Repressão Especial ao Crime Organizado) na Favela do Fogaréu.
Os policiais civis cruzaram com uma viatura da Rota e sinalizaram para os PMs. No entanto, foram surpreendidos por disparos. Rafael foi atingido por três tiros, com um dos projéteis alojado em seu abdômen.
Inicialmente em estado gravíssimo, Rafael não resistiu aos ferimentos e faleceu cinco dias depois, em 16 de julho, no Hospital das Clínicas. Outro policial civil, Marcos Santos de Sousa, foi atingido de raspão na cintura, mas foi liberado após atendimento.
O que diz a defesa
A defesa alegou que os disparos ocorreram por falta de identificação. Eles afirmaram que Rafael apontou uma arma na direção do sargento Mendes, que estava fardado, sem verbalizar.
A defesa também menciona que as imagens da câmera corporal de Marcus Augusto Costa Mendes corroboram a falta de identificação da vítima. A Polícia Militar declarou que as imagens da “bodycam” apoiam o depoimento dos militares investigados.
A Secretaria da Segurança Pública lamentou a morte de Rafael Moura e reafirmou o compromisso com a rigorosa apuração dos fatos. Marcus Augusto Costa Mendes foi afastado das atividades operacionais.