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Palmeiras são ‘caixas d’água’ da Amazônia, diz estudo da Unesp 

Última atualização: 8 de outubro de 2025 13:12
Published 8 de outubro de 2025
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Família de plantas pode armazenar duas vezes mais recurso hídrico do que árvores como ipê, mogno ou eucalipto, segundo a pesquisa  São Paulo, Amazônia, COP30, Sustentabilidade CNN Brasil

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Uma das famílias de plantas mais abundantes na Amazônia, as palmeiras (Arecaceae) têm capacidade de armazenar duas vezes mais água do que as árvores dicotiledôneas – grupo de plantas como o ipê, o mogno e o eucalipto, com flores cujas sementes contêm dois cotilédones, que são as primeiras “folhas” do embrião e servem como fonte de alimento.

A existência delas e de outras espécies de plantas associadas a climas úmidos, contudo, está ameaçada devido às mudanças que têm ocorrido no ciclo hidrológico da floresta amazônica.

As constatações têm sido feitas por meio de estudos conduzidos por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Rio Claro, no âmbito do Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Mudanças Climáticas (CBioClima) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP.

Alguns resultados preliminares dos trabalhos em andamento foram apresentados em palestra durante o Fórum Brasil-França “Florestas, Biodiversidade e Sociedades Humanas”, que aconteceu entre os dias 1º e 2 de outubro, no auditório da Fundação.

Organizado pelo Museu Nacional de História Natural (MNHN) da França, em Paris, pela Universidade de São Paulo (USP) e pela FAPESP, o objetivo do evento foi discutir a biodiversidade florestal, os ecossistemas e suas relações com as sociedades humanas, do passado e do presente.

“As palmeiras são grandes reservatórios ou caixas d’água da floresta”, disse Thaise Emilio, professora da Unesp, coordenadora do projeto e pesquisadora associada ao CBioClima.

A despeito de ser apenas uma entre 171 famílias de plantas arborescentes na Amazônia, diz a cientista, as palmeiras são extremamente dominantes na floresta, tanto no dossel como no sub-bosque.

Uma das hipóteses para explicar por que dominam a paisagem da floresta é que podem ter sido domesticadas pelas primeiras populações humanas que ocuparam e manejaram a Amazônia há milhões de anos.

“Há dúvidas, porém, se foram os humanos que enriqueceram a Amazônia com palmeiras ou se eles decidiram viver na floresta justamente por possuírem essas plantas tão abundantes e úteis, que têm grande importância econômica”, ponderou.

Aproximadamente 75% da produção brasileira de produtos florestais não madeireiros hoje é proveniente de palmeiras, sendo 50% só do açaí (Euterpe oleracea), sublinhou a pesquisadora.

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Resistência à seca

Por muito tempo se pensou que as palmeiras fossem extremamente vulneráveis à seca em razão de sua arquitetura hidráulica. A fim de avançar no conhecimento sobre essa questão, a pesquisadora iniciou em 2017 uma colaboração com colegas do Soleil Síncrotron, de Paris, e da Universidade de Bordeaux, em que analisaram a resistência do xilema (tecido vascular responsável por transportar água e sais minerais das raízes para o resto da planta, especialmente para as folhas) de palmeiras à embolia induzida pela seca.

Esse quadro é caracterizado pela formação de bolhas de ar dentro dos vasos do xilema, interrompendo a coluna de água e o transporte do recurso hídrico e de nutrientes do solo para as folhas. Isso acontece quando o estresse hídrico (a falta de água) cria uma pressão negativa tão grande que a água líquida vira gás, prejudicando a função dos vasos e podendo levar à morte da planta.

Por meio de diferentes técnicas, os pesquisadores quantificaram a resistência à seca de seis espécies de palmeiras pertencentes às duas subfamílias mais amplamente cultivadas: a Arecoideae e a Coryphoideae.

As observações foram conduzidas em uma das linhas de feixe do Soleil Síncrotron – acelerador circular de partículas carregadas (elétrons) que gera uma radiação, chamada de luz síncrotron, que permite investigar a composição e a estrutura da matéria na escala dos átomos e das moléculas.

“Por meio das observações, constatamos que as palmeiras são vulneráveis à seca como qualquer outra angiosperma [plantas complexas que apresentam raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes] ou gimnosperma [plantas terrestres que possuem sementes, mas não produzem frutos]. Mas, diferentemente de outras plantas de regiões temperadas, elas têm mais água dentro dos troncos. Dessa forma, conseguem mobilizar mais água e isso acaba se tornando a estratégia mais importante para minimizar os riscos de embolia”, explicou Emilio.

Mais recentemente, ao monitorar, em parceria com colegas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, a quantidade de água armazenada pelas palmeiras, os pesquisadores constataram que, enquanto as árvores dicotiledôneas armazenam, no máximo, 50% de seu volume de água, as palmeiras chegam a reter 70%, e durante as épocas secas reservam ainda mais do que nas estações chuvosas.

“Isso tem enormes impactos na biodiversidade da floresta amazônica, que ainda não são estimados”, disse a pesquisadora.

Ao realizar trabalhos de pesquisa de campo na floresta durante os períodos de seca é comum observar só palmeiras com frutos, contou.

“A gente vê que só elas dão frutos nessas épocas de seca. Isso é muito importante para manter a alimentação dos animais na floresta e dos humanos, que dependem desses recursos. E uma das hipóteses pelas quais elas são capazes de manter esse serviço durante períodos de seca é justamente porque têm esse funcionamento diferente de outras plantas, conseguindo armazenar mais água.”

Esse serviço ecossistêmico prestado pelas palmeiras, contudo, está ameaçado em razão do declínio da abundância de espécies de plantas associadas a climas úmidos, devido à intensificação do ciclo hidrológico, caracterizada por secas e estações chuvosas mais intensas. “Isso terá um impacto muito importante para a dinâmica da floresta”, estimou Emilio.

Em um estudo em andamento, os pesquisadores têm avaliado por meio de modelagem o risco de morte de palmeiras em diferentes ambientes – em regiões com lençóis freáticos mais rasos ou mais profundos – e em anos mais secos ou mais úmidos. Resultados preliminares indicaram que elas morreriam duas vezes mais do que outras árvores.

“A combinação de anos chuvosos e secos está causando uma mudança na dinâmica e nas características de regiões da floresta”, afirmou Emilio.

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