Brasileiros se enfrentarão nas oitavas de final da competição, no Lincoln Financial Field, na Filadélfia Futebol, Botafogo, CNN Esportes, Futebol brasileiro, Mundial de Clubes, Palmeiras CNN Brasil
À medida que o Mundial de Clubes se aproxima das oitavas de final, um destaque claro tem sido a atmosfera eletrizante gerada pelos torcedores sul-americanos, cuja paixão, volume e espetáculo deixaram seus rivais globais na sombra.
Algumas arenas, particularmente o Hard Rock Stadium, de Miami, foram transformadas não apenas pela “Messimania”, mas também pelo estrondo sonoro dos torcedores do Boca Juniors e do Palmeiras.
O azul e dourado do Boca, assim como o branco e o verde do Palmeiras, lotaram as arquibancadas com exibições barulhentas.
Os torcedores do Boca transformaram o Hard Rock Stadium em uma réplica de seu estádio, La Bombonera, com seus cânticos e comemorações tão poderosos que fizeram as arquibancadas tremerem, atraindo até a admiração do técnico do Bayern de Munique, Vincent Kompany.
Eles invadiram Miami Beach para um “banderazo” gigante, fazendo churrasco, dançando e cantando por horas antes da partida de estreia de seu time contra o Benfica.
Enquanto algumas partidas em Cincinnati e Orlando tiveram dificuldades para atrair mais do que alguns milhares de espectadores, Boca e Palmeiras jogaram diante de mais de 60.000 torcedores, criando um cenário mais próximo de São Paulo ou Buenos Aires do que de subúrbio americano.
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1 de 12Mercedes-Benz Stadium, em Atlanta, vai receber oito partidas, incluindo uma semifinal do Mundial de Clubes • Andrew J. Clark/ISI Photos/Getty Images
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2 de 12Casa do Seattle Sounders, o Lumen Field receberá o anfitrião, que enfrentará o Botafogo na fase de grupos • Ric Tapia/Getty Images
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3 de 12Metlife Stadium, em Nova Jersey, é a casa do New York Giants e do New York Jets, ambos da NFL. O estádio será o palco da final do Mundial • Rich Graessle/Icon Sportswire via Getty Images
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4 de 12O Inter&Co Stadium, em Orlando, receberá dois confrontos da fase de grupos do torneio • Leonardo Fernandez/Getty Images
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5 de 12O Rose Bowl, em Pasadena, recebeu a final da Copa do Mundo de 1994 entre Brasil e Itália e será sede da competição • Jason O. Watson/Getty Images
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6 de 12Bank of America Stadium, em Charlotte, tem capacidade para 70 mil pessoas • Divulgação/Copa América
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7 de 12Hard Rock Stadium, localizado em Miami Gardens, na Flórida, é um dos palcos do Mundial e receberá o jogo de abertura entre Al Ahly e Inter Miami • Reprodução/Instagram
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8 de 12Geodis Park, em Nashville, foi inaugurado em 2022 e é o estádio mais novo entre as arenas do Mundial de Clubes • Matthew Maxey/Icon Sportswire via Getty Images
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9 de 12TQL Stadium, em Cincinnati, foi inaugurado em 2021 e já recebeu partidas das seleções masculina e feminina dos Estados Unidos • Andy Lyons/USSF/Getty Images for USSF
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10 de 12Camping World Stadium, em Orlando, receberá o duelo entre Los Angeles FC e Flamengo pela fase de grupos • Joe Petro/Icon Sportswire via Getty Images
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11 de 12Lincoln Financial Field, casa do Philadelphia Eagles, da NFL, será sede do Mundial de Clubes e também da Copa do Mundo em 2026 • Drew Hallowell/Getty Images
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12 de 12Audi Field, em Washington, receberá três jogos do Mundial, incluindo a partida entre Juventus x Al Ain • David Price/Arsenal FC via Getty Images
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A torcida do Palmeiras trouxe estilo e barulho para seu último jogo do Grupo A contra o Inter Miami na segunda-feira (23), onde o empate por 2 a 2 no fim da partida foi empurrado por seus torcedores fanáticos, que fizeram os anfitriões se sentirem em solo estrangeiro.
Mas por trás das comemorações se esconde uma rivalidade que está se tornando uma das mais acirradas da América do Sul: Palmeiras x Botafogo.
Embora os dois clubes sejam de cidades brasileiras diferentes — Palmeiras de São Paulo, Botafogo do Rio — o destino os uniu repetidamente nos últimos três anos.
Tudo começou quando o Palmeiras encenou uma ofensiva dramática para arrebatar o título brasileiro do Botafogo há dois anos, um colapso que doeu profundamente no time carioca.
Na temporada seguinte, o Botafogo se vingou, eliminando o Palmeiras nas oitavas de final da Copa Libertadores antes de conquistar o título continental.
O confronto das oitavas de final no domingo (29), na Filadélfia, promete ser o mais acirrado até agora e adicionará mais um capítulo ao que está rapidamente se tornando o duelo definitivo do futebol brasileiro moderno.
Mundo real
Para os clubes europeus acostumados a estádios impecáveis e momentos de silêncio, o fervor puro da América do Sul foi um alerta.
“Adoro quando vejo o Botafogo, todos os times brasileiros, os times argentinos, como eles comemoram, como estão juntos, eu os adoro”, disse o técnico do Manchester City, Pep Guardiola.
“Gosto de como todos os jogos são equilibrados, exceto um ou dois, e as pessoas ficam surpresas, os times europeus perdem. Bem-vindos ao mundo real. Bem-vindos ao mundo real, meus amigos”, acrescentou.
Kompany, do Bayern, compartilhou o sentimento.
“Tenho uma longa carreira… aquela torcida foi hostil da melhor maneira possível… Muitos torcedores pagariam para assistir”, disse ele após sua equipe vencer o Boca Juniors por 2 a 1 na semana passada.
Com os EUA, Canadá e México sediando a Copa do Mundo de 2026, os torcedores sul-americanos provavelmente se tornarão o coração pulsante do torneio com sua energia espontânea e implacável.
Sua presença no Mundial de Clubes transformou o evento de um experimento corporativo em algo eletrizante e vibrante, e deixou seus colegas europeus com algo em que pensar.
(Fernando Kallas contribuiu com esta reportagem)