Pontífice escreveu documento enquanto segue internado em Roma há mais de um mês
Este conteúdo foi originalmente publicado em Papa Francisco condena guerras em carta divulgada pelo Vaticano no site CNN Brasil. Internacional, desarmamento, Guerras e conflitos, Papa Francisco, Vaticano CNN Brasil
O Vaticano divulgou nesta terça-feira (18) uma carta escrita pelo papa Francisco, nela o pontífice condena guerras, pede pelo fim dos conflitos e pelo desarmamento na Terra.
Segundo a Santa Sé, a mensagem foi escrita no dia 14 de março, no hospital Gemelli em Roma, onde Francisco segue internado há mais de um mês e destinada a Luciano Fontana, diretor do jornal italiano Corriere della Sera.
“Gostaria de encorajar o senhor e todos aqueles que dedicam trabalho e inteligência para informar […] a sentir toda a importância das palavras”, escreveu. “Precisamos desarmar as palavras para desarmar as mentes e desarmar a Terra. Há uma grande necessidade de reflexão, de calma, de um senso de complexidade”, expressou o pontífice.
O pontífice escreveu a carta como resposta aos desejos de melhora que o diretor fez a ele anteriormente.
“Enquanto a guerra apenas devasta as comunidades e o meio ambiente, sem oferecer soluções para os conflitos, a diplomacia e as organizações internacionais precisam de nova força vital e credibilidade”, continuou Francisco.
Ele também falou sobre a própria condição de saúde se referindo a fragilidade humana, que, segundo ele, “tem o poder de nos tornar mais lúcidos em relação ao que dura e ao que passa, ao que nos faz viver e ao que mata”.
O papa está internado desde o dia 14 de fevereiro no Hospital Gemelli em Roma, onde trata uma pneumonia bilateral, condição que infecciona os dois pulmões, pode inflamá-los e deixar cicatrizes, dificultando a respiração.
O pontífice passou por diversos episódios de problemas de saúde nos últimos dois anos e é propenso a infecções pulmonares em decorrência de uma pleurisia que teve quando jovem adulto e precisou remover uma parte do pulmão.
O papado de Francisco completou 12 anos na última quinta-feira (13).
Atualmente com 88 anos, o atual líder da Igreja Católica foi eleito pelos cardeais em 13 de março de 2013, aos 76 anos.
Ao longo de 12 anos, ele reorganizou a burocracia do Vaticano, escreveu quatro importantes documentos de ensino, fez 47 viagens ao exterior para mais de 65 países e criou mais de 900 santos.
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