Pontífice têm criticado guerras pelo mundo nos últimos meses; Vaticano realiza conferência para discutir direitos nesta segunda-feira (3)
Este conteúdo foi originalmente publicado em Papa Francisco denuncia mortes de crianças em conflitos globais no site CNN Brasil. Internacional, Conflito Oriente Médio, Crianças, Estados Unidos, Imigrantes, México, ONU, Papa Francisco, Rússia x Ucrânia, Vaticano CNN Brasil
O Papa Francisco condenou nesta segunda-feira (3) as mortes de crianças em conflitos globais, dizendo em uma cúpula do Vaticano que “nada vale a vida de uma criança”.
O pontífice, que criticou tanto a campanha militar de Israel em Gaza quanto a violência contínua da guerra Rússia-Ucrânia, não especificou um conflito em seus comentários.
“O que temos visto tragicamente quase todos os dias nos últimos tempos, ou seja, crianças morrendo sob bombas… é inaceitável”, exclamou Francisco. “Matar crianças é negar o futuro.”
O Vaticano, abalado nas últimas décadas por escândalos de abuso sexual infantil em países do mundo todo, convidou uma série de líderes globais nesta segunda-feira para uma conferência de um dia para discutir os direitos das crianças.
A rainha Rania da Jordânia, o ministro das Relações Exteriores italiano Antonio Tajani e a ex-presidente indonésia Megawati Sukarnoputri estavam entre os palestrantes.
O pontífice intensificou suas críticas à campanha militar de Israel em Gaza nos últimos meses, antes do acordo de cessar-fogo de janeiro.
Algumas semanas atrás, ele chamou a situação humanitária no território palestino de “muito séria e vergonhosa”.
No discurso desta segunda-feira (3), ele também criticou o número de crianças deslocadas por conflitos globais, que as Nações Unidas estimam em cerca de 38 milhões.
“Estamos aqui hoje para dizer que não queremos que isso se torne o novo normal”, declarou o Papa. “Nós nos recusamos a nos acostumar com isso.”
Francisco, que tem sido duramente crítico da repressão do presidente dos EUA, Donald Trump, à imigração, também mencionou crianças sem documentos na fronteira EUA-México.
Segundo o líder católico, elas foram as “primeiras vítimas daquele êxodo de desespero e esperança feito por milhares de pessoas vindas do Sul em direção aos Estados Unidos da América”.
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