Especialista afirma que Tel Aviv só atende a Washington e ignora apelos de aliados tradicionais como Reino Unido, Alemanha e França sobre restrições à ajuda humanitária Internacional, -transcricao-de-videos-, Faixa de Gaza, Guerra de Israel, Guerras e conflitos, Israel, Oriente Médio CNN Brasil
O cerco israelense à Faixa de Gaza continua gerando controvérsias e tensões, mesmo diante de crescentes críticas internacionais. A situação tem se agravado com a intensificação das restrições à entrada de suprimentos e ajuda humanitária na região, enquanto Israel prossegue com suas operações militares.
Durante participação no WW, Sandro Teixeira Moita, professor de Ciências Militares da ECEME, afirma que Tel Aviv demonstra responder apenas às orientações de Washington, ignorando os apelos de aliados históricos como Reino Unido, Alemanha e França.
A atual situação evidencia um isolamento diplomático crescente de Israel em relação a diversos países que tradicionalmente o apoiavam.
Tensões internas e divergências
A campanha militar israelense não é unanimidade nem mesmo dentro do próprio governo, afirma Moita. Há embates significativos entre o comando das Forças Armadas e ministros mais alinhados à ala ideológica, especialmente no que diz respeito à questão humanitária.
Enquanto as Forças de Defesa de Israel (IDF) defendem a criação de corredores humanitários, alguns ministros apoiam o corte completo da ajuda.
A nova fase da operação militar, denominada “Carruagens de Gideon”, prevê a concentração da população da Faixa de Gaza na região de Rafah. O plano, considerado polêmico, visa deslocar aproximadamente dois milhões de pessoas para essa área, com o objetivo declarado de destruir as capacidades do Hamas e grupos aliados.
“Os efeitos colaterais são extremamente perversos”, diz o especialista.
O impacto humanitário dessas ações tem gerado manifestações públicas sem precedentes dentro de Israel. Militares têm se pronunciado por meio de editoriais e aparições na mídia, criticando abertamente a condução da campanha militar, classificando-a como desproporcional e questionando seus objetivos.