A perspectiva de aumento da produção ocorre em um cenário de agravamento das tensões no Oriente Médio, que fez os preços internacionais do petróleo dispararem na última semana Macroeconomia, CNN Brasil Money, Conflito Oriente Médio, Petróleo CNN Brasil
A petroleira Prio prevê atingir produção de mais de 200 mil barris por dia (bpd) no ano que vem, ante 100 mil bpd no ano passado, afirmou nesta segunda-feira (23) seu presidente, Roberto Monteiro, em evento de comemoração pelos 10 anos da companhia.
A projeção leva em consideração o avanço do desenvolvimento do campo de Wahoo e da compra do campo de Peregrino, explicou o executivo.
No caso de Wahoo, a Prio aguarda licença do órgão ambiental Ibama para interligar seus poços produtores e iniciar a produção.
A perspectiva de aumento da produção ocorre em um cenário de agravamento das tensões no Oriente Médio, que fez os preços internacionais do petróleo dispararem na última semana, com receios relacionados a impactos na oferta.
“É um horror dizer que uma guerra é uma coisa positiva, mas é uma realidade”, disse Monteiro, a jornalistas, se referindo ao aumento de preços globais do petróleo.
“Hoje o Brasil de maneira geral é país que não tem nenhuma instabilidade geopolítica e produz bastante petróleo.”
O executivo adicionou que a companhia observa a geopolítica global, com cenário turbulento, mas que o que dita as decisões da companhia está baseado em eficiência e produtividade das operações.
Segundo Monteiro, a busca por aumento da produção da companhia está pautada na busca por maior retorno.
“Nosso portfólio foi pensado e montado pensando em eficiência”, afirmou, destacando que a Prio busca operar no mar e com campos próximos entre si, com ganhos de sinergias. Além disso, a petroleira opera seus próprios navios plataformas.
Monteiro também comentou que a companhia estuda se participará do leilão de petróleo da União que será realizado pela Pré-Sal Petróleo (PPSA), na bolsa paulista B3, na próxima quinta-feira.
“A gente já participou no passado (do leilão da PPSA), a gente está decidindo se vai continuar a nossa participação, mas são sempre coisas muito pequenas que auxiliam ao nosso trade do petróleo”, afirmou o presidente da Prio.