Evento em Belém discute como floresta é chave para economia, clima e justiça social rumo à COP30 Economia, Amazônia, Belém, COP30, PIB, Sustentabilidade CNN Brasil
O futuro econômico do Brasil está intrinsecamente ligado à preservação da Amazônia. Foi o que defendeu Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e enviada especial do setor privado para a COP30, durante o 12º Congresso Sustentável do CEBDS, que começou nesta terça-feira (1), em Belém (PA).
O evento reúne líderes empresariais, especialistas e representantes de governos para debater soluções que unam desenvolvimento, proteção da floresta e inclusão social.
“Essa COP está colocando o clima, a natureza e a sociedade de forma absolutamente interconectada. O fato de ser no Brasil e na Amazônia garante que essa agenda vai ser olhada. 20% das soluções de mitigação dependem da nossa biodiversidade, de soluções baseadas na natureza”, destacou Grossi.
“Um dado superimportante é que 70% do PIB brasileiro depende dos serviços ecossistêmicos da Amazônia, como chuvas e regime dos rios. Essa dependência precisa estar nos números e projetos das empresas”, afirmou.
O Congresso Sustentável, que segue até esta quarta-feira (2), no Teatro Estação Gasômetro, é parte das preparações para a Conferência do Clima da ONU (COP30), prevista para novembro de 2025, em Belém.
A programação inclui debates sobre temas centrais para a agenda climática, como agropecuária regenerativa, financiamento verde, segurança energética, infraestrutura resiliente e novas oportunidades de cooperação internacional.
Entre as autoridades confirmadas no evento estão o governador do Pará, Helder Barbalho; a CEO da COP30, Ana Toni; o presidente da Philip Morris Brasil, Branko Sevarlik; e a CEO da Equinor, Verônica Coelho.
Segundo os organizadores, as discussões pretendem mostrar ao mundo o “Brasil de soluções” e destacar o papel estratégico do país na construção de uma economia de baixo carbono socialmente justa.
Grossi também ressaltou iniciativas como o TNFD — análise de riscos e dependências que empresas têm em relação à natureza — que está sendo desenvolvida para medir, reportar e integrar esses fatores ao coração dos negócios. “O setor empresarial está mostrando que está pronto e engajado em soluções. O trabalho fica muito mais fácil quando temos essa convergência”, pontuou.
Com foco em aproximar governos, empresas e sociedade civil, o Congresso busca construir bases para que a COP30 em Belém seja não apenas histórica, mas também efetiva em gerar resultados concretos para o clima e para a população da Amazônia.
