Partido avalia que narrativa sobre responsabilidade pelo tarifaço americano não furou bolha da esquerda Política, -transcricao-de-videos-, Donald Trump, Estados Unidos, PL, Redes sociais CNN Brasil
O Partido Liberal (PL) está monitorando ativamente os efeitos nas redes sociais da tarifa de 50% anunciada por Donald Trump sobre produtos brasileiros. Segundo apuração, a sigla avalia que a narrativa governista sobre a responsabilidade do tarifaço ainda não ultrapassou a bolha da esquerda. A informação é do analista de Política da CNN Pedro Venceslau.
A estratégia do partido é não responder às acusações de serem impulsionadores da decisão de Trump. Há uma avaliação interna de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ter uma pequena recuperação de popularidade até dezembro, com possível crescimento de até quatro pontos percentuais, mas que esse aumento não se sustentaria até 2024.
Nos bastidores, o PL trabalha com três possibilidades. A primeira é que Trump recue da decisão após um pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que poderia criar uma narrativa favorável. A segunda é um recuo após negociações com o Itamaraty. A terceira é a efetiva aplicação da tarifa, cenário em que o partido acredita que Lula acabaria sendo responsabilizado pelos impactos econômicos.
O partido observa nas redes sociais uma mobilização coordenada da militância de esquerda, que estava anteriormente na defensiva. Por outro lado, parlamentares e lideranças alinhadas ao PL mantêm um discurso unificado, atribuindo a ameaça tarifária a Lula.
A avaliação é que, caso as tarifas sejam implementadas e gerem consequências econômicas significativas, como pressão inflacionária e desvalorização do real, os impactos negativos recairão sobre o atual governo. No entanto, o partido reconhece a dificuldade em justificar uma tarifa tão elevada, superior até mesmo às aplicadas contra produtos chineses nos Estados Unidos.

