Rogério Ceron, do Tesouro, viu como “positiva” a lista de exceções e que “não está dentro do pior cenário possível” Macroeconomia, CNN Brasil Money, Donald Trump, Rogério Ceron, tarifaço, Tarifaço EUA, tarifaço Trump, tarifas comerciais, tarifas de Trump, Tesouro Nacional, Trump CNN Brasil
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta quarta-feira (30), que o plano de contingência para as tarifas de 50% contra produtos brasileiros, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode ser calibrado a partir das exceções anunciadas pela Casa Branca.
A equipe dos Ministérios da Fazenda, Desenvolvimento Indústria e Comércio, Relações Exteriores e Casa Civil, entregaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um plano elaborado para proteger os produtos brasileiros do tarifaço, que deve começar a partir de 1º de agosto.
Segundo Ceron, com o decreto assinado por Trump nesta quarta que exclui boa parte de produtos da taxação — como suco de laranja, aviões, petróleo e celulose — o plano pode ser alterado.
“O plano é bem calibrado e flexível para reagir a esses movimentos, então se um setor é mais ou menos atingido aquele apoio está calibrado e está flexível para atender proporcionalmente aqueles efeitos”, afirmou em coletiva de imprensa para comentar os resultados do Tesouro Nacional de junho.
“As ações estão construídas de uma forma compatíveis com essa calibragem e não creio que tenha grandes alterações em função desses ajustes. Claro que pode mudar a dimensão, um foco ou outro, mas a rigor, na macroestrutura do desenho não creio que tenha mudanças tão relevantes”, continuou.
Segundo o secretário, o que foi preparado “é sempre muito proporcional e levando em consideração também um apoio correspondente ou proporcional ao impacto sofrido”.
Ceron ainda pontuou que enxerga como “positiva” a lista de exceções, mas que só comentaria mais depois de ler o documento. O decreto foi publicado durante a coletiva de imprensa.
“Dentro dos cenários possíveis, não está dentro do pior cenário possível. Então representa um cenário mais benigno do que eu tinha. Não quer dizer que não tem impactos pequenos ou não tenham efeitos relevantes, isso precisa ser entendido de forma mais ampla”, pontuou.
Como a economia brasileira deve ser afetada com o tarifaço de Trump?

