O prefeito, secretários municipais de saúde, servidores públicos, agentes políticos, médicos e empresas suspeitas estão entre os investigados na “Operação USG”, realizada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), através da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor). A operação ocorreu na manhã desta terça-feira (17) em Formosa do Rio Preto, no Oeste da Bahia, e nas cidades de Corrente e Bom Jesus, no Piauí.
A ação policial visa desmantelar um esquema de desvio de verbas públicas, fraudes em licitações e contratações, entre outros crimes relacionados à execução irregular de contratos de serviços médicos. De acordo com as investigações, os crimes, praticados por uma associação criminosa envolvendo servidores públicos das três cidades, já causaram um prejuízo estimado de R$ 12 milhões aos cofres municipais.
Durante a operação, equipes do Draco cumpriram mandados em residências de médicos, “laranjas”, políticos, ex-secretários de saúde, além de clínicas e unidades de saúde na Bahia e no Piauí. Foram também bloqueados valores desviados encontrados em contas de três clínicas contratadas pelo município baiano e em contas pessoais dos investigados.
As investigações identificaram irregularidades na Secretaria de Saúde de Formosa do Rio Preto, incluindo exames incompatíveis, como ultrassonografias transvaginais realizadas em homens, pagamentos por serviços médicos não prestados, plantões falsos, listas fraudulentas de pacientes, números de exames divergentes da realidade e o uso de empresas de fachada para desviar recursos públicos.
Com base no material apreendido durante a Operação USG, o Draco pretende aprofundar as investigações para identificar outros possíveis envolvidos e ampliar a estimativa dos valores desviados.
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