Segundo FBI, um suspeito estava sob custódia ainda na quarta-feira (10) mas foi solto após interrogatório policial Internacional, Assassinato, Ataque a tiros, Donald Trump, Estados Unidos, FBI, Investigação CNN Brasil
A polícia e os agentes federais dos Estados Unidos, montaram nesta quinta-feira (11), uma intensa caçada ao atirador que teria disparado o único tiro que matou o ativista pró-Trump Charlie Kirk, enquanto ele participava de um evento em uma universidade no estado americano de Utah.
As autoridades que investigam o caso deram relatos conflitantes sobre um suspeito estava sob custódia, com o diretor do FBI, Kash Patel, afirmando que um indivíduo estava sob custódia e autoridades policiais locais afirmando que o atirador estava foragido.
Horas depois Patel informou em uma publicação na rede social X que “o indivíduo sob custódia foi liberado após interrogatório policial.” Afirmando que “a investigação continua”.
The subject in custody has been released after an interrogation by law enforcement. Our investigation continues and we will continue to release information in interest of transparency https://t.co/YXsG6YpFR5
— FBI Director Kash Patel (@FBIDirectorKash) September 10, 2025
Kirk, de 31 anos, comentarista e influente aliado de Donald Trump, é considerado um dos responsáveis por ajudar a construir a base do presidente republicano entre os eleitores mais jovens.
Ele foi morto a tiros na tarde de quarta-feira (10) no que o governador de Utah, Spencer Cox, chamou de assassinato político.
A morte, capturada em detalhes em imagens que rapidamente se espalharam pela internet, ocorreu por volta do meio-dia, enquanto ele respondia a perguntas sobre violência armada, para uma plateia de 3 mil pessoas na Universidade Utah Valley na cidade de Orem.
O ativista, cofundador e presidente do grupo estudantil conservador Turning Point USA, foi declarado morto em um hospital local horas depois. O assassinato provocou expressões imediatas de indignação e denúncias de violência política tanto de democratas quanto de republicanos.
Cox afirmou que os eventos de Kirk nos campi universitários faziam parte de uma tradição de debate político aberto que é “fundamental para a formação de nosso país, para nossos direitos constitucionais mais básicos”.
“Quando alguém tira a vida de uma pessoa por causa de suas ideias ou ideais, esse mesmo fundamento constitucional é ameaçado”,
expressou Cox.
Violência política nos Estados Unidos
O ataque pontuou o período mais prolongado de violência política nos EUA desde a década de 1970. A agência de notícias Reuters documentou mais de 300 casos de atos violentos com motivação política em todo o espectro ideológico desde que os partidários de Trump atacaram o Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021.
O próprio Trump sobreviveu a dois atentados contra sua vida, um que o deixou com uma orelha machucada durante um evento de campanha em julho de 2024 e outro dois meses depois frustrado por agentes federais.
O único perpetrador suspeito de disparar o tiro que atingiu Kirk no pescoço, aparentemente de um esconderijo no telhado do campus, permanecia “foragido”, disse Beau Mason, comissário do Departamento de Segurança Pública de Utah, em uma coletiva de imprensa quatro horas depois.
Imagens de câmeras de segurança mostraram uma pessoa que se acredita ser o agressor vestido com roupas totalmente escuras, disse Mason aos repórteres.