Grupo criminoso interestadual desligou alarmes, furtou cofre e agiu como clientes do shopping no bairro Cauamé, na Zona Oeste de Boa Vista Roraima, -agencia-cnn-, Furto, Joias CNN Brasil
A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio do 3º Distrito Policial, concluiu a investigação sobre o furto qualificado que resultou no roubo de cerca de R$ 1 milhão em joias de uma joalheria dentro de um shopping no bairro Cauamé, na Zona Oeste de Boa Vista. O crime ocorreu durante a madrugada do dia 4 de maio deste ano.
Segundo o delegado Matheus Fraga, responsável pelo inquérito, a ação foi praticada por um grupo criminoso “altamente especializado”, com atuação interestadual em furtos a joalherias localizadas em shopping centers.
Durante o crime, os suspeitos desligaram o sistema de alarme e as câmeras de segurança, arrombaram o cofre da loja e, na manhã seguinte, saíram do local se passando por clientes comuns do shopping.
As investigações, iniciadas pelo Grupo de Resposta Imediata da PCRR e repassadas ao 3º DP, resultaram na identificação de cinco pessoas envolvidas. Dois investigados já tiveram participação direta confirmada e foram denunciados pelo Ministério Público de Roraima.
Outros dois suspeitos foram identificados e um quinto integrante, ainda sem identidade confirmada, aparece em imagens de câmeras de segurança no momento do crime.
Dois homens — um de 26 anos, natural de Goiás, com passagem anterior por furto a joalheria, e outro de 38 anos, de Manaus, que já respondeu por ameaça — foram apontados como responsáveis diretos pelo furto.
Outros dois homens, um de 22 anos, e outro de 44, ambos de Goiás, foram identificados como suspeitos — o primeiro tem histórico de furtos semelhantes. O delegado destacou que dois desses suspeitos foram presos no Pará após outro furto cometido no Maranhão, confirmando a atuação do grupo em diferentes estados.
Fraga explicou que o bando costuma estudar a rotina dos shoppings, mapear câmeras de segurança, identificar horários de menor movimento e explorar vulnerabilidades. “A escolha por joias ocorre pelo alto valor agregado, o que permite lucro expressivo com pouca quantidade de material subtraído”, disse.
A investigação também apurou conexão com um furto ocorrido em janeiro de 2024, em outra loja da mesma rede, localizada em um shopping no bairro Caçari. Na ocasião, um dos suspeitos foi indiciado e preso em agosto de 2024 na Colômbia, em ação conjunta com a Interpol e o Ministério Público de Goiás.
Até o momento, a polícia não encontrou indícios diretos de participação de funcionários do shopping, mas essa possibilidade segue sendo apurada. O inquérito policial continua em andamento para identificar outros envolvidos e localizar o paradeiro das joias furtadas.
*Sob supervisão de Carolina Figueiredo