Menino de 12 anos ficou internado e teve morte cerebral após o episódio; polícia apontou falhas na tutela dos cães Minas Gerais, -agencia-cnn-, Ataque dos Cães, morte criança, Polícia Civil CNN Brasil
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito, na última quarta-feira (9), e indiciou por homicídio culposo um homem, de 27 anos, e uma mulher, de 45, pela morte de Guilherme Gabriel Couto, que teve morte cerebral após ser atacado por dois rottweilers em março deste ano.
De acordo com a polícia, o laudo pericial apontou falhas nas condições de guarda dos cães, que possibilitaram o acesso deles à via pública. Eles fugiram da residência em que estavam, no município de Itabira, e atacaram o garoto de 12 anos.
A polícia destacou que, em razão da negligência evidenciada na manutenção da contenção e segurança dos cachorros, “os tutores foram indiciados pelo crime de homicídio culposo, previsto no artigo 121, parágrafo 3º, do Código Penal”.
Relembre o caso
Guilherme Gabriel Couto, de 12 anos, morreu em função de morte cerebral no dia 16 de junho, depois de ser atacado por dois cães da raça rottweiler, em Belo Horizonte. O ataque aconteceu no dia 12 do mesmo mês e o menino precisou ficar internado devido às lesões.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, testemunhas relataram que, durante o ataque, os cães começaram a arrastá-lo para uma área de mata. Os moradores presentes no local correram para socorrê-lo e os cães fugiram de volta para casa.
Segundo a Polícia Militar, “o menino estava muito machucado, com perfurações no corpo, inclusive na barriga, e tinha um corte enorme no pescoço”. Após a volta para a residência, os rottweilers permaneciam agressivos e precisaram ser abatidos pela PM.
“A medida foi necessária em razão do risco iminente à integridade física das pessoas presentes e da impossibilidade de conter os cachorros com segurança, inclusive pelos próprios tutores”, informou a Polícia Civil.
A vítima foi socorrida e transferida para uma unidade hospitalar em Belo Horizonte, em razão da gravidade dos ferimentos, mas não resistiu e morreu.
*Sob supervisão de Carolina Figueiredo