Imagens das câmeras corporais dos policiais serão analisadas; quatro policiais militares entraram, portando armas, na Emei Antônio Bento (Butantã), depois de terem recebido a ligação do pai São Paulo, -agencia-cnn-, Escola, PM (Polícia Militar), Religião, São Paulo (capital), São Paulo (estado) CNN Brasil
A Polícia Militar abriu investigação interna para apurar a conduta de uma equipe que entrou armada na EMEI Antônio Bento, no Butantã, após a denúncia de um pai que afirmou que a filha estaria sendo “obrigada a ter aula de religião africana”.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), as imagens das câmeras corporais dos policiais serão analisadas, e a professora da unidade registrou boletim de ocorrência por ameaça contra o pai da estudante.
A diretora da escola, Aline Aparecida Floriano Nogueira, afirmou que quatro policiais — um deles com metralhadora — entraram na escola por volta das 16h da última quarta-feira (12). Ela diz ter sido “coagida e interpelada por aproximadamente 20 minutos”, enquanto os agentes alegavam apurar suposta intolerância religiosa.
A diretora declarou que os policiais questionaram um desenho de Iansã feito pela aluna, apresentado pelo pai como prova de “ensino religioso”. Aline afirma que explicou reiteradas vezes que a escola não ministra doutrinas religiosas e que o trabalho segue o currículo antirracista da rede.
Aline também relatou que, no dia anterior, o pai da aluna havia entrado na escola de forma inadequada e removido o desenho do mural. Ela o orientou a registrar sua queixa por escrito e explicou que o assunto poderia ser tratado na reunião do Conselho de Escola, marcada para o dia seguinte. O responsável não compareceu.
Os agentes só deixaram a escola por volta das 17h10, quando passaram a conversar com o pai do lado de fora. “Me senti vulnerável e preocupada, pois devido a reunião do conselho ainda haviam oito crianças dentro da escola e as famílias”, afirmou a diretora.

