Homem também é suspeito de planejar um ataque ao Setor de Retaguarda e Tesouraria do Banco do Brasil em Caruaru (PE) São Paulo, Grande São Paulo, PM (Polícia Militar), Sequestro, Sergio Moro CNN Brasil
Um criminoso investigado pelo envolvimento na tentativa de sequestro do senador Sergio Moro, em 2023, foi preso por policiais do Comandos e Operações Especiais (COE), do 4° Batalhão de Polícia de Choque da Polícia Militar de São Paulo, nesta segunda-feira (7).
Identificado como Jeferson Daniel Florêncio Araújo, de 44 anos, foi detido durante uma abordagem na cidade de Osasco, na Grande São Paulo. Ao consultar a identidade do homem, agentes perceberam que tratava-se de um foragido da Justiça. A informação foi divulgada em primeira mão pela CNN.
Com o criminoso estavam dois aparelhos celulares e cerca de R$ 4 mil em espécie, que foram apreendidos.
O homem tinha um mandado de prisão em aberto pela participação em um roubo a um avião pagador, no aeroporto de Caxias do Sul (RS), em 2024. A investigação aponta que Jeferson prestou apoio operacional e logístico para cometer o crime, ao integrar um dos veículos usados na ação, que partiu do estado de São Paulo dias antes.
Na época, os criminosos usaram viaturas falsas para abordar a aeronave logo após o pouso e praticar o roubo. Um policial e um assaltante foram mortos na troca de tiros.
Segundo a Polícia Militar, em uma das operações para prender o bando, foi descoberto pela Polícia Federal conexões entre o assalto e a cúpula de uma facção criminosa.
O criminoso integra a organização desde 2019, segundo as investigações. Jeferson Daniel Florêncio Araújo também é suspeito de planejar um ataque ao Setor de Retaguarda e Tesouraria do Banco do Brasil em Caruaru, Pernambuco. Ele foi encaminhado pelo COE à sede da Polícia federal, onde o caso é registrado.
Tentativa de sequestro de Sérgio Moro
Em março de 2023, quando ministro da Justiça, Moro foi o responsável pela transferência de líderes da facção criminosa para penitenciárias federais. A investigação da Polícia Federal aponta que o Primeiro Comando da Capital (PCC) tinha olheiros para monitorar a casa do ex-juiz, além de sua mulher, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), e filhos.
Ainda conforme as autoridades, ao menos dez criminosos se revezavam no monitoramento, que aconteceria também em viagens fora do estado. Para isso, foram alugadas chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços do senador.
Forças de inteligência apuravam ameaças contra ele desde janeiro de 2023. Entretanto, aliados de Moro ressaltaram que desde quando foi eleito senador, no ano passado, ele recebia ameaças.
Segundo a PF, a organização criminosa agia em São Paulo, no Paraná, em Rondônia, no Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Segundo as investigações, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea nessas cinco regiões.