Informações da corregedoria da Polícia revelam que as imagens das câmeras corporais (bodycams) contradiziam a versão inicial dos policiais São Paulo, PM (Polícia Militar), Prisão, São Paulo (capital), TJSP CNN Brasil
Dois policiais militares foram presos nessa terça-feira (22), acusados de homicídio qualificado. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo decretou a prisão preventiva após pedido do Ministério Público. A Justiça entendeu que há indícios suficientes de autoria e materialidade do crime cometido por Alan Wallace dos Santos Moreira e Danilo Gehrinh.
A denúncia detalha que, em 13 de junho deste ano, na Rua da Figueira, bairro do Brás, Alan Wallace dos Santos Moreira, em serviço, teria agido com “ânimo homicida” e “motivo torpe”, matando um indivíduo identificado como Jeferson. A vítima foi alvejada por três disparos de fuzil, na cabeça, tórax e braço.
Informações da corregedoria da Polícia revelam que as imagens das câmeras corporais (bodycams) contradiziam a versão inicial dos policiais, que alegavam que o indivíduo tentou arrebatar a arma de um deles.
Sobre a investigação
A investigação constatou que a vítima estava desarmada e dominada, sem oferecer riscos aos militares. Danilo Gehrinh é acusado de ter auxiliado no crime, prestando auxílio moral e material. Ele é acusado de ter tentado obstruir o registro da ocorrência ao cobrir a lente de sua bodycam no momento dos tiros.
O Tribunal requisitou cópias integrais dos arquivos de vídeo e áudio das bodycams dos réus e de outro policial militar presente. Crimes militares conexos ao homicídio foram cindidos e redistribuídos à Justiça Militar para prosseguimento das investigações.
A prisão preventiva foi considerada indispensável devido à “gravidade concreta do delito” e para assegurar a aplicação da lei penal. A ação legal segue, aguardando as próximas etapas do processo penal.