Indefinições do presidente americano descola expectativas e dificulta investimentos ao redor do mundo
Este conteúdo foi originalmente publicado em Política tarifária de Trump aumenta incerteza econômica global no site CNN Brasil. Macroeconomia, Donald Trump, Guerra tarifária, Tarifas, William Waack CNN Brasil
O anúncio da Casa Branca de que as tarifas sobre produtos chineses serão, no mínimo, de 145% derrubou os mercados financeiros e reacendeu a incerteza econômica em escala global.
Trump já escalou cinco vezes as taxas contra Pequim. A situação começou em fevereiro, com 10% de impostos em todos os produtos importados do país. Em março, novo aumento: para 20%. Logo no início deste mês, uma taxa de 34% contra mercadorias vindas da China. E, desde então, a alíquota mais que dobrou.

Pouco depois da nova alta, Trump fez um aceno à China. Ele voltou a chamar o presidente Xi Jinping de amigo e afirmou ter grande respeito pelo líder.
“O que acontece com a China? A gente adoraria poder fechar um acordo. Estamos reorganizando as negociações e tenho certeza de que vamos nos entender muito bem.”, disse Trump.
Os chineses devolveram a responsabilidade para Trump, afirmando que o país segue aberto a negociações. Mas também reforçaram que, caso os americanos insistam na guerra comercial, Pequim não vai recuar.
Além das taxas contra a China, os americanos ainda mantêm tarifas contra alguns produtos mexicanos e canadenses. O tarifaço de Trump também inclui os 10% de impostos mundiais e 25% de alíquota contra aço, alumínio e carros estrangeiros.

Pela primeira vez, Donald Trump reconheceu que os Estados Unidos podem passar por “problemas e gastos na transição” da guerra tarifária. Mesmo assim, não descartou retomar com força total as taxações globais após a pausa de noventa dias anunciada no tarifaço.
Esse vai e vem do republicano assusta o mercado, elevando o índice de incerteza da política econômica americana ao maior nível desde a pandemia. O índice do medo da CNN mostra uma postura de temor extremo dos investidores diante da falta de rumo na guerra tarifária.
A posição se refletiu no desempenho das bolsas ao redor do mundo. Em Nova York, a Dow Jones teve queda de 2,50%; a S&P 500 caiu mais de 3% e a Nasdaq sofreu o maior tombo, de 4,31%.
No Brasil, o Ibovespa fechou com uma baixa de 1,13%, enquanto o dólar ganhou força frente ao real e terminou o dia subindo 0,88%.
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