Músico morreu na terça-feira (22), mas seu legado será eterno Entretenimento, #CNNPop, Heavy Metal, Música, Ozzy Osbourne CNN Brasil
O legado de Ozzy Osbourne ”nunca irá desaparecer”, de acordo com o editor executivo da Louder, Merlin Alderslade, que disse que o falecido músico e sua banda Black Sabbath ”construíram as bases do heavy metal como o conhecemos”.
“Ozzy Osbourne não foi apenas indiscutivelmente o cantor mais famoso da história do heavy metal, provavelmente a personalidade mais famosa do heavy metal, ponto final. Ele foi o marco zero de onde tudo começou — ele e seus quatro companheiros de banda do Black Sabbath”, disse Alderslade, que dirige o site e a marca de música e cultura Louder.
Conhecido pelos fãs como “O Príncipe das Trevas” e “Padrinho do Heavy Metal”, Osbourne morreu aos 76 anos, conforme anunciado por sua família em um comunicado na terça-feira (22).
A causa da morte não foi divulgada, mas Osbourne revelou em 2020 que havia sido diagnosticado com Parkinson. A doença o impedia de andar.
Em seu último show em 5 de julho em Birmingham, Osbourne se apresentou sentado, às vezes parecendo ter dificuldades para falar, enquanto agradecia aos milhares de fãs que o adoravam, alguns dos quais estavam visivelmente emocionados.
“Ozzy parecia muito frágil no palco, com certeza. Ele estava claramente presente e presente no momento, e encantado por estar ali”, disse Alderslade. ”Foi uma tarde incrível… De forma inesperada, mas apropriada, serviu como uma verdadeira despedida para ele… ficamos bastante chocados com a notícia. Mas que maneira incrível de partir.”
Osbourne iniciou sua carreira no início dos anos 1970 como vocalista dos sucessos do Black Sabbath, de “Paranoid” a “War Pigs” e “Sabbath Bloody Sabbath”. Esses sucessos, somados a uma série de lançamentos solo, lhe renderam mais de 100 milhões de discos vendidos em todo o mundo.
Os riffs pesados e os temas sombrios – da depressão à guerra e ao apocalipse – combinavam-se com um instinto para o teatro de Halloween. Como artista, Osbourne salpicou o público com carne crua e, em 1982, teve seu encontro com um morcego atirado no palco por um fã.
Ele sempre insistiu que achava que era um brinquedo até que mordeu, percebeu seu erro e correu para o hospital para tomar uma vacina contra a raiva.
Em 2002, Osbourne conquistou legiões de novos fãs quando estrelou o reality show americano “The Osbournes”.
Câmeras seguiram o velho deus do rock andando por sua enorme casa em Beverly Hills, pronunciando os acontecimentos com seu forte sotaque de Birmingham e observando, confusos, as palhaçadas de sua família.
A família de Osbourne incluía a esposa e empresária Sharon, cinco filhos, incluindo Jack, Kelly e Aimee, e vários netos.
“O Ozzy tem um apelo muito transcultural… ele foi visto quase como um bicho-papão da música por um tempo. E partir dessa jornada para se tornar esse pai engraçado, carinhoso, hilário e carismático em um reality show assistido por milhões foi uma jornada inacreditável e ajudou a consolidá-lo como um pilar da cultura pop no século 21″, disse Alderslade.
Voltando à música, Alderslade disse que o legado de Osbourne e do Black Sabbath “nunca irá desaparecer”.
”Se nada mais, puramente pelo fato de o heavy metal estar aqui, é uma das subculturas mais prósperas, apaixonadas e difundidas do planeta. E tudo isso nos leva de volta ao Black Sabbath”, falou ele.
