Novo modal contará com oito linhas e deve transportar 85 mil passageiros por dia com tarifa integrada de R$ 4,70 Rio de Janeiro, -agencia-cnn-, transporte CNN Brasil
A Prefeitura do Rio lançou nesta quinta-feira (2) o Lagunar Marítima, novo sistema de transporte público aquaviário que vai operar no Complexo Lagunar da Zona Sudoeste, abrangendo Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes.
O projeto prevê cinco terminais, seis estações e oito linhas integradas ao transporte municipal, com tarifa unificada de R$ 4,70. A estimativa é de que o sistema atenda 85 mil passageiros diariamente.
A iniciativa será viabilizada por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada), sob responsabilidade da CCPar (Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos). O Consórcio Lagunar Marítimo venceu a licitação para a concessão do serviço, com contrato de 25 anos e investimento mínimo de R$ 101,6 milhões.
O consórcio terá até 30 dias para apresentar o cronograma de trabalho e 36 meses para construir os terminais de Gardênia Azul, Jardim Oceânico/Metrô, Linha Amarela, Muzema e Rio das Pedras, além das estações Arroio Pavuna, Barra Shopping, Bosque Marapendi, Parque Olímpico, Salvador Allende e Vila Militar. As obras estão previstas para começar no primeiro semestre de 2027.

As oito linhas obrigatórias incluem rotas expressas ligando Rio das Pedras à Linha Amarela, Jardim Oceânico e Barra Shopping, além de opções circulares e conexões com a Muzema e o Bosque Marapendi. Segundo a prefeitura, o consórcio também poderá propor novas linhas e pontos de embarque durante a execução do contrato.
As embarcações deverão transportar entre 42 e 120 passageiros, atender a requisitos de segurança e acessibilidade e contar com assentos estofados, proteção contra intempéries e iluminação noturna. No início da operação, os barcos deverão ter até cinco anos de fabricação.
O funcionamento do novo transporte não irá substituir a atividade dos barqueiros locais, que continuarão atendendo comunidades e ilhas próximas, como Gigoia e Primeira, fora das rotas oficiais e sem concorrência direta em preço ou trajeto.
Paralelamente, a Iguá Saneamento, concessionária de água e esgoto da região, tem a obrigação contratual de investir R$ 250 milhões em desassoreamento e despoluição do complexo lagunar até agosto de 2026. O projeto de dragagem já foi licenciado pelo Inea e aprovado em 2023.

