Defesa diz que a cliente recebeu um mata-leão dos guardas municipais e que não houve identificação de “supostas vítimas”
Este conteúdo foi originalmente publicado em Presa por morder pessoas na Sapucaí diz que foi vítima de “ação truculenta” no site CNN Brasil. Rio de Janeiro, -agencia-cnn-, Carnaval, Polícia CNN Brasil
A defesa de Danielle Buenaga, que foi presa por guardas municipais após morder pessoas em um camarote da Sapucaí, no Rio de Janeiro, alega que a mulher foi vítima de uma abordagem “truculenta” dos agentes e negou que a cliente tenha cometido os crimes atribuídos a ela.
“Já apuramos que o imbróglio ocorreu quando da tentativa de reentrada ao camarote, onde o sistema de bilhetagem apresentou erro sistêmico, não sendo possível realizar o reconhecimento facial anteriormente cadastrado negando o acesso, mesmo estando com camisa oficial”, diz a nota, assinada pelo advogado Carlos André Franco Viana.
A defesa acrescenta que, “diante da reiterada negativa de acesso, uma equipe da guarda municipal que passava pelo local, invés de [sic] dirimir o impasse, agiu de forma extremamente arbitrária, decidindo retirá-la do local sem qualquer justo motivo”, disse a defesa.
O advogado acrescenta que os guardas teriam aplicado um mata-leão em Danielle, “além do uso indiscriminado de algemas”. “Nos chama atenção o fato de a respectiva guarnição ser do Grupamento Maria da Penha, cuja função precípua é acolher a mulher vítima de violência e não revitimá-la.”
Ainda conforme a defesa, os agentes que participaram da abordagem não usavam câmeras corporais.
Por fim, a defesa diz que “não houve a identificação de supostas vítimas”, como “clientes do citado camarote que teriam sido mordidos pela acusada”. “Conclui-se que houve a criação de um factoide para esconder as diversas ilegalidades perpetradas a uma mulher vítima de violência sem que houvesse o devido acolhimento institucional, tanto é que após submissão dos fatos à juíza plantonista, a acusada foi posta, imediatamente, em liberdade.
A CNN procurou a Prefeitura do Rio para obter um posicionamento sobre as acusações feitas pelo advogado contra os agentes da guarda, mas ainda não recebeu retorno.
* Sob supervisão
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