Decreto de Yoon Suk Yeol foi considerado o desafio mais sério à democracia sul-coreana desde a década de 1980, o que gerou uma rápida reação dos parlamentares
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O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, anunciou, na tarde desta terça-feira (3), que vai acatar a votação do Parlamento da Coreia do Sul e suspenderá a Lei Marcial que ele impôs horas antes no país.
O decreto de Yeol foi considerado o desafio mais sério à democracia sul-coreana desde a década de 1980, o que gerou uma rápida reação dos parlamentares para rejeitar a medida e uma aglomeração de centenas de manifestantes do lado de fora da Assembleia Nacional.
O decreto de Yoon, que ele classificou como dirigido a seus adversários políticos, foi veementemente contestado. Os legisladores rejeitaram a lei por unanimidade dos 190 presentes no Parlamento.
Segundo a lei da Coreia do Sul, o presidente deveria suspender imediatamente a Lei Marcial se o parlamento exigisse isso por maioria de votos. O próprio partido do presidente o instou a suspender o decreto.
Quem é Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul
Yoon Suk Yeol, representando o conservador Partido do Poder Popular, é presidente da Coreia do Sul desde 2022.

Ele foi eleito por uma margem muito estreita, ficando à frente do rival Lee Jae-myung – um membro do Partido Democrata – por menos de um ponto percentual.
Yoon era um novato na política, tendo passado os 27 anos anteriores de sua carreira como promotor.
Enquanto seu antecessor, Moon Jae-in, favorecia o diálogo com Pyongyang, Yoon assumiu uma posição mais dura. Ele prometeu reforçar o exército da Coreia do Sul, até mesmo sugerindo que lançaria um ataque preventivo se visse sinais de um lançamento ofensivo contra Seul.
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