Sharaa prometeu responsabilizar aqueles que cometeram violações contra o grupo étnico Internacional, Drussos, Israel, Síria CNN Brasil
O presidente da Síria, Ahmed al-Sharaa, acusou Israel de tentar dividir o país e prometeu proteger os drusos nesta quinta-feira (17).
Durante a noite, as tropas do governo liderado por islâmicos se retiraram da cidade predominantemente drusa de Sweida, onde dezenas de pessoas foram mortas em poucos dias de conflito.
A violência na Síria aumentou drasticamente após Israel lançar ataques aéreos em Damasco, atingindo também as forças do governo no sul. O governo de Netanyahu afirmou que os bombardeios visavam proteger os drusos sírios, parte de uma minoria étnica, mas influente, que também tem seguidores no Líbano e Israel.
Israel, que bombardeou a Síria com frequência durante o governo do presidente deposto Bashar al-Assad, atacou o país repetidamente este ano, descrevendo seus novos líderes como jihadistas disfarçados.
Além disso, o governo de Netanyahu afirmou que não permitirá que eles posicionem forças em áreas do sul da Síria próximas à sua fronteira.
Ao discursar para os sírios, o presidente interino Sharaa acusou Israel de tentar “desmantelar a unidade de nosso povo”, afirmando que o país “sempre teve como alvo nossa estabilidade e criou discórdia desde a queda do antigo regime”.
Sharaa, que foi comandante de uma facção da Al Qaeda antes de cortar os laços com o grupo em 2016, disse que proteger os cidadãos drusos e seus direitos é “nossa prioridade”.
Ele também prometeu responsabilizar aqueles que cometeram violações contra “nosso povo druso”.
A Rede Síria de Direitos Humanos disse ter registrado 193 mortos em quatro dias de combates, entre eles profissionais de saúde, mulheres e crianças.
O chefe da Rede, Fadel Abdulghany, declarou à Reuters que o número inclui casos de execuções em campo por ambos os lados, sírios mortos por ataques israelenses e outros mortos em confrontos, mas que levaria tempo para detalhar os números de cada categoria.