Medida preocupa ministérios públicos; suspensão seria reavaliada em 31 de março, mas falta de agenda inviabilizou
Este conteúdo foi originalmente publicado em PRF mantém suspensão de parcerias em operações contra crime organizado no site CNN Brasil. Distrito Federal, -agencia-cnn-, Ministério Público, operacoes policiais, PRF (Polícia Rodoviária Federal) CNN Brasil
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) decidiu manter a suspensão das parcerias em operações integradas com outras forças de segurança nos estados no combate a crimes como roubo de cargas, trabalho escravo e crimes ambientais.
A suspensão foi definida em 27 de fevereiro e, em um primeiro momento, iria até esta segunda-feira (31) para reavaliação. No entanto, devido a inviabilidade de agenda para os ajustes, não houve acordo e a manutenção da suspensão permanece.
A medida, segundo a PRF, é para ajustes dentro de uma portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Internamente, a suspensão se deu por conta de “insegurança jurídica” destes convênios e operações.
Nesses 30 dias de suspensão, a ideia era a PRF trabalhar com os técnicos do MJSP e da Polícia Federal para sanar eventuais fragilidades e revalidar estas parcerias estratégicas.
“Traremos segurança jurídica para a atuação do nosso policial e certamente traremos mais qualidade nos resultados dessas atuações conjuntas”, defendeu o diretor-geral da PRF, Antonio Fernando Oliveira.
No dia em que a suspensão foi anunciada, os grupos de Combate ao Crime Organizado dos ministérios públicos dos estados (Gaecos) se pronunciaram com preocupação.
“Estamos absolutamente perplexos com a suspensão do convênio da Polícia Rodoviária Federal com o Ministério Público de Santa Catarina, em que nós temos policiais rodoviários federais na força-tarefa do GAECO. A partir desse momento, infelizmente, o combate à criminalidade organizada em Santa Catarina será fragilizado, como aos assaltos a bancos, ao tráfico de entorpecentes e às facções criminosas. Também em relação ao combate aos crimes praticados contra a administração pública, como a Operação Mensageiro e tantas outras”, declarou o procurador-geral de Justiça do estado, Fábio de Souza Trajano.
Os chefes dos MPs de São Paulo e do Acre também criticaram a suspensão da parceria com a PRF.
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