Deputado Delegado Marcelo Freitas foi escolhido relatar caso do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro Política, Câmara, Conselho de Ética, delegado, Eduardo Bolsonaro CNN Brasil
O relator do processo disciplinar contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MG), afirmou à CNN, nesta sexta-feira (26), que a análise da representação no Conselho de Ética da Câmara contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será rápida, com o objetivo de concluir o caso ainda em 2025.
“Nossa expectativa é encerrar esse processo até o final de novembro ou, no mais tardar, início de dezembro. Precisamos garantir celeridade, respeitando ampla defesa e contraditório, para entregar uma conclusão rápida à sociedade brasileira”, disse.
O parlamentar, que está nos Estados Unidos, é alvo de ação que pode resultar na cassação de seu mandato, enquanto permanece fora do país desde fevereiro. A decisão sobre o relator foi tomada pelo presidente do Conselho de Ética, Fábio Schiochet (União-PR), nesta sexta.
O processo foi instaurado na última terça-feira (23), a partir de representação da bancada do PT, que questiona a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e alega que ele se dedicou “de forma reiterada a difamar instituições do Estado brasileiro, com especial virulência contra o STF (Supremo Tribunal Federal) e seus ministros”.
Eduardo responde também a outras três representações que pedem sua cassação, mas que não foram pautadas até o momento.
Ainda entrevista à CNN, Marcelo Freitas afirmou que atuará com imparcialidade, sem que eventuais manifestações de apoio ou oposição política interfiram na condução do processo.
“Nesse caso específico, não há amizade íntima nem inimizade capital que possa gerar suspeição. Vamos entregar ao colegiado a melhor instrução possível, preservando os direitos do deputado e os interesses da sociedade brasileira”, declarou.
O relator detalhou que o processo seguirá etapas formais. Primeiro, será avaliada a admissibilidade da representação para verificar se há justa causa para prosseguir. Em seguida, Eduardo Bolsonaro terá direito a apresentar defesa técnica e até oito testemunhas. Só após essas fases será possível emitir um juízo de valor sobre a possível suspensão ou cassação do mandato.
Marcelo ressaltou que a decisão final será colegiada, tomada pelos 21 integrantes do Conselho de Ética, garantindo transparência e equidade na análise.
*Publicado por João Scavacin, da CNN

