Pesquisa ouviu economistas de 105 fundos de investimento, em São Paulo e no Rio de Janeiro
Este conteúdo foi originalmente publicado em Quaest: isenção do IR para R$ 5 mil tende a prejudicar economia para 85% do mercado no site CNN Brasil. Macroeconomia, -agencia-cnn-, CNN Brasil Money, Imposto de Renda, Ministério da Fazenda, pacote fiscal, Pesquisa Genial/Quaest CNN Brasil
85% dos agentes do mercado acreditam que a isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil tende a prejudicar a economia brasileira, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (4).
Por outro lado, a pesquisa constatou que 88% do mercado é favorável às medidas de “pente-fino” sugeridas pela Fazenda, visando dar sustentabilidade ao arcabouço.
Itens como o fim da morte ficta, fim da transferência de pensão de militares, estabelecimento de uma idade mínima para aposentadoria de militares e limitação do crescimento das emendas foram quase unanimidades, todos com mais de 96% de apoio.
Pacote fiscal
Na noite da última quarta-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou o aguardado conjunto de medidas para controle de gastos e uma das promessas de campanha do Luiz Inácio Lula da Silva (PT): a isenção do IR aos contribuintes que ganhem até R$ 5 mil por mês.
As propostas anunciadas por Haddad preveem uma economia de R$ 70 bilhões pelos próximos dois anos que, segundo o ministro, “consolidam o compromisso deste governo com a sustentabilidade fiscal do país”.
As medidas apresentadas por Haddad ainda precisam ser votadas e aprovadas pelo Congresso Nacional. O ministro da Fazenda afirma ter “esperança” de uma aprovação das propostas ainda neste ano, mesmo com o calendário apertado e outras pautas na fila.
O plano foi recebido por críticas do mercado devido à timidez das medidas de corte de gastos sinalizadas e à apresentação “casada” de mudanças na tabela do imposto de renda.
A pesquisa ouviu economistas de 105 fundos de investimento em São Paulo e no Rio de Janeiro, entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro.
Como é uma consulta em público específico, população finita sem cálculo de amostragem, o levantamento não tem margem de erro estimada, nem índice de confiabilidade. Indicadores assim só são produzidos quando se tem uma amostragem pre-definida, o que não acontece este caso.
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