Da repressão total na Coreia do Norte ao controle moderado na China, países apresentam diferentes graus de liberdade de expressão e manifestação popular Internacional, -transcricao-de-videos-, China, Coreia do Norte, Fora da Ordem, geopolítica, Rússia, Vladimir Putin CNN Brasil
Os três países que compõem o novo eixo geopolítico mundial – China, Rússia e Coreia do Norte – compartilham características autocráticas, mas apresentam diferentes níveis de controle sobre suas populações. Embora tenham raízes comunistas, atualmente são definidos mais pela manutenção do poder de seus líderes do que por ideologias econômicas específicas.
Coreia do Norte: controle total da população
A Coreia do Norte representa um dos poucos regimes totalitários remanescentes no mundo. O controle sobre a população é absoluto, desde a programação musical, que celebra exclusivamente os três líderes da dinastia Kim, até o acesso à informação, que é completamente restrito. A população não tem acesso à internet ou comunicação externa, e até mesmo os estrangeiros são mantidos sob vigilância constante.
O sistema de doutrinação norte-coreano é tão meticuloso que até mesmo o consumo de carne é estrategicamente vinculado aos aniversários dos líderes, criando uma associação direta entre o prazer alimentar e a figura do governante. A organização social é rigorosamente controlada, como evidenciado pela disposição perfeitamente ordenada de ônibus escolares em eventos públicos.
China e Rússia: controle moderado com especificidades
Na China, manifestações são permitidas apenas contra governos locais e questões pontuais, nunca contra o partido Comunista central. O sistema mantém uma narrativa que permite culpar lideranças locais por problemas, preservando a autoridade central. Protestos relacionados a desapropriações e questões econômicas locais são tolerados dentro de certos limites.
A Rússia, por sua vez, endureceu significativamente seu regime após 2011, quando manifestações contra a perpetuação no poder foram duramente reprimidas. O país adotou uma postura cada vez mais conservadora, aproximando-se da Igreja Ortodoxa e implementando leis restritivas, especialmente após a invasão da Ucrânia em 2022.
