Denis Lerrer Rosenfield afirma que estratégia do partido não deve ultrapassar 30% do eleitorado, reduzindo chances de vitória em 2026
Este conteúdo foi originalmente publicado em Quando o PT tem discurso voltado para o público interno ele perde as eleições, diz filósofo ao WW Especial no site CNN Brasil. Política, -transcricao-de-videos-, chances da esquerda em 2026, Denis Lerrer Rosenfield, Eleições, Eleições 2026, Governo Lula, politica, PT (Partido dos Trabalhadores), William Waack CNN Brasil
O filósofo e escritor Denis Lerrer Rosenfield alertou que o Partido dos Trabalhadores (PT) pode enfrentar dificuldades nas próximas eleições se mantiver um discurso voltado apenas para seu público interno. Em uma análise sobre a estratégia de comunicação do partido, Lerrer destacou que essa abordagem pode não ser suficiente para garantir uma vitória eleitoral em 2026.
Segundo o filósofo, em conversas informais com dois altos responsáveis do PT, foi revelado que a recepção de certas medidas do governo, como o pacote de corte de gastos, foi muito positiva nos meios de esquerda. No entanto, ele argumenta que essa estratégia pode ser contraproducente em termos eleitorais.
Denis Lerrer, que é professor aposentado de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), relembrou sua experiência com o PT gaúcho, afirmando que “quando o PT tem um discurso voltado para dentro, ele perde as eleições. Isso era uma regra no Rio Grande do Sul”.
Denis ressaltou que o primeiro governo Lula foi “bem-sucedido” justamente porque sua campanha eleitoral foi direcionada para a sociedade em geral, e não apenas para o núcleo duro do partido.
O filósofo estima que o público interno do PT não ultrapasse 30% do eleitorado. Para ter chances reais de vitória, o partido precisaria alcançar mais 30% a 40% da população, focando nos eleitores de centro.
“Se o PT mantiver esse discurso voltado apenas para dentro, as chances eleitorais do partido se tornam muito pequenas”, afirmou.
Lerrer também criticou a forma como o governo comunicou o pacote de corte de gastos, mencionando que a repercussão foi “horrorosa” do ponto de vista dos agentes econômicos, afetando inflação, juros e câmbio.
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